Durante a sessão plenária do poderoso órgão anticorrupção do Partido Comunista da China (PCC), esta terça-feira, o Presidente chinês Xi Jinping apelou à reforma do partido e reforçou a campanha anticorrupção no país.
O Presidente chinês Xi Jinping apelou, esta terça-feira, à reforma do PC Chinês e à intensificação da luta contra a corrupção.
De acordo com a agência noticiosa oficial Xinhua, numa análise dos resultados da luta contra a corrupção na última década, Xi alertou para o facto de haver uma situação “grave e complexa”.
O secretário-geral do PCC sublinhou a necessidade de abordar as raízes e as condições da corrupção para garantir o desenvolvimento saudável do país, referindo depois que a reforma do Partido é essencial para escapar ao “ciclo histórico de expansão e recessão”.
De acordo com a Xinhua, cerca de 470.000 casos de corrupção foram apresentados pelas agências de supervisão e disciplina nos primeiros nove meses do ano passado.
Isto resultou na abertura de investigações a 45 funcionários do Comité Central do PCC, a liderança máxima do Partido, o número mais elevado dos últimos dez anos.
Punições intensificam-se
As declarações de Xi foram feitas depois de a Comissão Central de Supervisão e Disciplina, o braço anticorrupção do Partido Comunista da China ter anunciado, na segunda-feira, que vai intensificar a pressão e as punições contra casos de corrupção em setores como as finanças, tabaco ou desporto, como parte da sua estratégia para prevenir e resolver “riscos sistémicos de corrupção”.
Após ascender ao poder, em 2012, o Presidente chinês, Xi Jinping, lançou uma campanha anticorrupção, considerada a mais persistente e ampla na história da República Popular.
A campanha levou à punição de milhões de funcionários e revelou grandes casos de corrupção, mas alguns críticos sugeriram que também está a ser usada para destruir as carreiras de rivais políticos de Xi. A luta contra a corrupção no setor financeiro resultou também na acusação de vários funcionários de organismos reguladores e de quadros superiores de empresas.
As autoridades anunciaram em outubro passado que Ling Chengxing, antigo presidente da Administração do Monopólio do Tabaco do Estado chinês, está a ser investigado por alegadas “violações graves” da lei.
O desporto não foi poupado em 2023. Vários membros da Associação de Futebol da China e até o antigo selecionador chinês Li Tie foram acusados de corrupção. O presidente da Superliga Chinesa, Liu Jun, também foi afastado por “violações regulamentares”.
ZAP // Lusa
Xi, o Grande Aspirador, vai “limpar” tudo o que puder. Como qualquer ditador minimamente eficaz.