Entre fabricantes e prestadores, os sinais da procura não são animadores – e apontam para recessão na zona euro.
A economia está a dar sinais negativos em diversos em diversos países de “alto nível”. A Alemanha é um deles.
No final de 2023, Dezembro, novos números algo preocupantes: o índice de gestores de compras do sector privado – indústria e prestadores de serviços combinados – caiu 0,4 pontos percentuais para 47,4 pontos.
Com um barómetro novamente abaixo da “fronteira” de crescimento de 50 pontos, verifica-se uma contração da actividade económica pela sexta vez consecutiva no país.
A procura tem estado em baixa, entre fabricantes e prestadores de serviços, tanto a nível nacional como internacional. E as encomendas recebidas caíram para o nível mais baixo desde Junho, acrescenta o jornal Handelsblatt.
O índice do sector de serviços ficou também no “vermelho”, com 49,3 pontos. Desceu 0,3 pontos percentuais.
Cyrus de la Rubia, economista-chefe do Banco Comercial de Hamburgo, confirma a tendência descendente no sector dos serviços pelo terceiro mês consecutivo e avisa: “Não há sinais claros de uma recuperação iminente”.
Se o produto interno bruto (PIB) volta a descer no último trimestre de 2023, tal como no terceiro trimestre, a Alemanha entra em recessão técnica (e é um cenário bem provável).
E os sinais também apontam para uma recessão na zona euro. O Índice de Gestores de Compras Global S&P final, para o setor privado, na União Europeia, foi 47,6 pontos em Dezembro – muito abaixo do limiar de crescimento. A economia da área do euro encolheu 0,1% no Verão.
A taxa de inflação homóloga da zona euro subiu em Dezembro para 2,9%, face aos 2,4% de Novembro. Tinha estado a descer ao longo dos sete meses anteriores.
Mesmo assim, o sector dos serviços, estando a baixar os números da economia, deve classificar esta crise económica como bastante moderada, comparando com a pandemia ou com a crise financeira de 2008/2009.