O consumo de música aumenta mas a monetização desse consumo em massa não é suficiente. Os fãs vão pagar mais.
A indústria da música passa por um dilema: as pessoas ouvem muita música online – mas a monetização desse consumo em massa não é suficiente.
Há centenas e centenas de milhões a ouvir música em plataformas na internet mas os valores globais do sector estão abaixo dos números de 1998, por exemplo.
O Jornal de Notícias destaca um número essencial: o streaming de música mais do que duplicou ao longo dos últimos seis anos; mas a receita média por utilizador caiu 40%.
De acordo com a Goldman Sachs, vêm aí más notícias para os consumidores: os preços vão subir. Quem paga mensalidade de um serviço, prepare-se para pagar um pouco mais.
Prevê-se também uma “segmentação de super fãs”. Ou seja, os preços deixarão de ser iguais para todos: vão ser analisados os diferentes níveis de envolvimento que os clientes têm com os artistas.
Na prática, em princípio um fã terá de pagar mais para ouvir as músicas dos seus artistas favoritos.
Há dois caminhos para esta inovação: um pagamento com base nos hábitos de escuta de cada pessoa, ou uma distribuição dos pagamentos com base no valor que um artista fornece à plataforma.
Estará perto do fim o hábito de ouvir tudo o que se quer, como se quer, e a um preço baixo.
A ideia é aumentar em quase 2 mil milhões de euros as receitas ao longo dos próximos quatro anos.
Esta é também uma reacção da indústria da música às pressões de Governos (e da própria União Europeia), que querem impostos mais efectivos provenientes destas empresas.