Comer de forma equilibrada tem impacto na sua esperança de vida. Um novo estudo sugere que uma dieta equilibrada pode prolongar a sua existência em até 10 anos.
Ter uma alimentação saudável e equilibrada pode trazer benefícios consideráveis à sua saúde, especialmente a longo prazo, concluiu um novo estudo levado a cabo por cientistas da Unviersidade de Bergen, na Noruega.
Segundo o Science Alert, a equipa analisou dados sobre saúde e ingestão de alimentos de quase meio milhão de residentes no Reino Unido e descobriu que mudar para uma dieta saudável – e mantê-la –pode prolongar a vida de uma pessoa em até 10 anos.
Liderados por Lars Fadnes, os cientistas agruparam 467.354 participantes com base nos seus padrões alimentares muito distintos e observaram como mudaram ao longo do tempo.
A investigação permitiu aferir que homens e mulheres com 40 anos que fizeram uma mudança sustentada de uma alimentação pouco saudável para seguir as recomendações do Guia Eatwell ganharam cerca de 9 anos de esperança de vida.
Já os participantes que abandonaram as bebidas açucaradas e as carnes processadas em favor de uma dieta rica em grãos integrais, nozes, frutas, vegetais e quantidades moderadas de peixe (a chamada dieta da longevidade) acrescentaram 10 anos à sua expectativa de vida.
Os ganhos menos expressivos foram observados entre as pessoas que inicialmente seguiram uma dieta média e aquelas que melhoraram os seus hábitos alimentares numa fase mais tardia da vida.
“Quanto maiores forem as mudanças feitas em direção a padrões alimentares mais saudáveis, maiores serão os ganhos”, salienta a equipa. “Sem surpresas, os ganhos previstos na esperança de vida são mais baixos quando a mudança alimentar é iniciada em idades mais avançadas, mas permanecem substanciais.”
Neste sentido, pessoas com 70 anos ainda conseguiriam prolongar a sua esperança de vida em cerca de 4 a 5 anos se fizessem uma mudança sustentada na alimentação saudável, seja de acordo com o Guia Eatwell ou com a “dieta da longevidade”.
A recente investigação, cujo artigo científico foi publicado na Nature Food, concentra a sua análise na população britânica, pelo que é necessária alguma cautela na generalização das conclusões, dado que, por exemplo, o Biobank do Reino Unido não mede o consumo de arroz, um dado particularmente importante para muitos grupos de migrantes.
Além disso, o conjunto de dados do Biobank também descreve predominantemente pessoas de origem socioeconómica europeia branca, de classe média a alta.
Como tem explicado Peter Attia, a evidência científica em matéria de nutrição está contaminada por estudos de baixa qualidade. Este parece ser mais um.
A longevidade é um fenómeno multi-variável. O exercício físico é uma das variáveis determinantes. É bem provável que as pessoas que tenham uma dieta mais cuidada também façam exercício físico.
Errado. Quem faz mais exercício é que tipicamente também come melhor. Não é o exercício que impacta mais mas sim a dieta. Viste como apelar a confusão não serve de nada? Existem estudos de boa qualidade e com análise multivariável. Para quê dizer que existem estudos de má qualidade e deitar tudo ao lixo em vez de ver os de melhor qualidade que confirmam constantemente que menos carne e proteína animal e mais whole grains, vegetais, frutas e sementes são bons para a saúde? O Peter Attia pode falar muito bem mas não descomprova unilateralmente dezenas de estudos de alta qualidade científica.