Mergulhador encontra 40 mil moedas de bronze romanas. Ninguém sabe de onde vieram

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Um mergulhador descobriu entre 30 e 50 mil moedas romanas de bronze, surpreendentemente bem conservadas, ao largo da costa italiana. As moedas poderão estar ligadas a um naufrágio — que ninguém conseguiu até agora precisar.

Quando explorava as águas da Sardenha, em Itália, um mergulhador descobriu dezenas de milhares de objetos metálicos — que eram na realidade moedas de bronze da era romana, escondidas no meio das algas marinhas.

Depois de encontrar as moedas, que estavam num “estado de conservação excecional e raro“, o mergulhador contactou imediatamente as autoridades italianas, a quem reportou o achado.

As moedas foram identificadas como fólis, um tipo de moeda de grandes dimensões usada nos impérios romano e bizantino.

Segundo um comunicado do Ministério da Cultura da Itália, com base na localização do tesouro, encontrado próximo da cidade de Arzachena, os especialistas acreditam que a descoberta possa estar ligada a um naufrágio ainda por descobrir.

“O tesouro encontrado nas águas de Arzachena representa uma das descobertas numismáticas mais importantes dos últimos anos“, disse Luigi La Rocca, Diretor Geral de Arqueologia da ilha mediterrânica, citado pelo Live Science.

“Este achado realça mais uma vez a riqueza e importância do património arqueológico das profundezas dos nossos mares, atravessados por pessoas e mercadorias desde tempos antigos — riqueza que ainda guardam e preservam”, salientou La Rocca.

Ministério da Cultura de Itália

As moedas foram identificadas como fólis, um tipo de moeda de grandes dimensões usada nos impérios romano e bizantino.

Estimativas iniciais do peso do achado colocam o tesouro entre 30.000 e 50.000 fólis. Apenas quatro destas moedas estavam danificadas, mas mesmo estas continham inscrições legíveis, incluindo datas e rostos.

Um exame mais detalhado realizado por arqueólogos permitiu determinar que as fólis foram cunhados aproximadamente entre 324 e 340 d.C., e terão circulado durante o reinado do Imperador romano Constantino, o Grande, que durou de 306 a 337 d.C.

“O grupo de fólis recuperado provém de quase todas as cunhagens do Império ativas naquela época, com exceção de Antioquia, Alexandria e Cartago”, especificou Luigi La Rocca.

Uma equipa de mergulhadores explorou entretanto as águas na região em que o tesouro foi encontrado, tendo identificado duas grandes áreas de dispersão das moedas, numa ampla faixa de areia, com a abundante vegetação marinha típica do Mediterrâneo.

Segundo os especialistas do Ministério da Cultura italiano, há a possibilidade de que, sob essa vegetação, se encontrem os restos de um navio naufragado.

ZAP //

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