A actriz e deputada municipal Maria Vieira foi bloqueada pela rede social Facebook. É a própria quem o conta no antigo Twitter, actual X, notando que acredita que “a extinção da página seja definitiva”.
“Nada que eu já não estivesse à espera há imenso tempo e nada que de resto me preocupe”, escreve Maria Vieira no X, respondendo a um utilizador que lhe perguntou se já não tinha página de perfil no Facebook.
“Cancelaram a minha página”, respondeu a actriz que é deputada municipal em Cascais, eleita pelo Chega.
“Ainda me enviaram uma mensagem a dizer que estão a rever o meu protesto, mas acredito que, desta vez, a extinção da página seja definitiva“, realça, referindo-se ao facto de não ter sido a primeira vez que foi alvo de um bloqueio no Facebook.
Mas a actriz não se mostra muito preocupada com a situação e até pergunta “qual é o interesse de fazer parte de uma rede social que censura e bloqueia os seus utilizadores”.
“Para mim, o «Foiceburka« acabou e estou em crer que, a breve trecho, essa rede social corre sérios riscos de desaparecer“, acrescenta ainda Maria Vieira noutra publicação no X.
Não. Eles cancelaram a minha página. Ainda me enviaram uma mensagem a dizer que estão a rever o meu protesto mas acredito que desta vez a extinção da página seja definitiva. Nada que eu já não estivesse á espera há imenso tempo e nada que de resto me preocupe.🙂
— Maria Vieira (@MariaVi19856058) November 2, 2023
No X, é possível ver várias publicações polémicas de Maria Vieira, nomeadamente sobre pessoas transexuais e homossexuais. Também se refere à “badalhoca do BE” na partilha de uma fotografia de uma manifestante com um cartaz a dizer que “Senhorio não é profissão” e fala dos activistas ambientais como “acéfalos criminosos”.
Um alvo habitual da deputada municipal do Chega é o activista anti-racismo Mamadou Ba de quem fala como um “africano racista”, sublinhando que deve regressar ao Senegal e indicando que “é a terra de onde ele jamais deveria ter saído”.
No passado mês de Outubro, Maria Vieira, de 66 anos, anunciou que não voltará a trabalhar como actriz, lamentando que as suas “posições políticas” levaram ao seu “cancelamento”.
“Em Portugal, comecei a ser cancelada desde o final de 2016, quando assumi ser uma mulher e uma actriz conservadora e de direita”, argumentou Maria Vieira nas suas redes sociais.
Está senhora não vale nada, nem nunca valeu nem como atriz nem como pessoa e só lamento que o Chega seja refúgio e acolha este tipo de gente, que no futuro vai ter de ser banida, a bem do partido.
Concordando ou não com ela, tendo bom ou mau gosto, são tudo avaliações subjectivas. Só uma vertente é censurada, outras não são, o que demonstra uma certa ideologia de quem censura. E censura, é censura. é mau por si mesmo.