Rótulos com advertências, sobretudo acompanhados com imagens gráficas, podem baixar o número de refeições com carne.
Nos maços de cigarros, há anos que nos deparamos com avisos como “fumar mata” ou “fumar prejudica gravemente a sua saúde e a dos que o rodeiam”.
Além dos avisos com letras, surgem avisos com imagens, algumas delas bem gráficas e chocantes.
Tudo para tentar convencer o fumador a deixar de fumar.
Um estudo conduzido pela Universidade de Durham, publicado na revista científica Appetite, sugere fazer o mesmo com a carne – para o mesmo efeito: deixar de consumir carne.
A análise indica que os rótulos com avisos e as imagens chocantes reduzem até 10% a escolha de refeições que têm carne.
Neste estudo participaram 1001 adultos carnívoros. Foram divididos em quatro grupos, explica o jornal Público.
Todos os grupos viram as mesmas imagens: carne cozinhada, peixe, comida vegetariana e vegana. Tal como em refeições de cantinas. A ementa era: hambúrgueres ou lasanhas de carne, peixe, refeições vegetarianas ou veganas.
Depois, os mesmos grupos viram rótulos, ou sobre perigos para a saúde, ou sobre o clime, ou um alerta de pandemia – ou nenhum rótulo.
Sem surpresas, os avisos relacionados com a pandemia afastaram mais gente (10%) daquela refeição. Os avisos de saúde (8,8%) e os avisos climáticos (7,4%) também convenceram alguns participantes a não comer.
“Em comparação com os rótulos de advertência ilustrados sobre clima e saúde, os rótulos de advertência sobre pandemia desencadearam uma excitação emocional negativa mais forte e foram considerados menos credíveis”, lê-se no estudo.
Os autores do estudo acrescentam, no entanto, que a diferença nos números não é revelante; todos os avisos apresentaram resultados, originaram desistências.
E revelaram que os alertas sobre o clima foram os mais credíveis, segundo os participantes.
Os autores do estudo esperam que este método passe a ser uma política nacional, pelo menos, no Reino Unido.