Neonazis recrutam pessoas graças às alterações climáticas

Enric Fontcuberta / EPA

Uma tempestade é uma janela de oportunidade para neonazis. São “extremistas disfarçados de bons samaritanos”.

As alterações climáticas são motivo para debates, preocupações, alertas, ou para mudanças de rotinas.

Mas também são motivo para neonazis conseguirem recrutar pessoas.

Em Julho houve uma tempestade em Montpelier, capital do Estado Vermont, EUA.

Foi nesse contexto de tragédia natural que um grupo de homens viu uma janela de oportunidade, resume a revista Vice.

O grupo Iniciativa Popular da Nova Inglaterra começou a ajudar a limpar as ruas, as casas e a distribuir água pelas pessoas afectadas.

Este grupo é neonazi. Apresenta-se como uma facção mais “suave” e mais “socialmente aceitável”, mas os ideais estão lá.

A ideia é chegar às pessoas que concordam com as suas mensagens de “defesa dos interesses da população” – mas que não querem mostrar publicamente que são membros de uma organização neonazi.

Este grupo quer que New England (região que abrange Vermont, além de Connecticut, Maine, Massachusetts, New Hampshire e Rhode Island) se separe dos EUA – para criar um Estado étnico, só com brancos. E os seus membros estão a tentar apoio dos locais através de “activismo e extensão comunitária”.

Sim, aí entra a ajuda às pessoas afectadas pela tempestade.

Não é novo: grupos extremistas aproveitam situações extremas, de instabilidade ou mesmo caos, para ganharem popularidade e adeptos. Acusam o Governo de resposta aquém das expectativas, de alienação ou abandono, e apresentam-se como a melhor solução para a população.

Com as alterações climáticas a acumularem desastres naturais, é provável que estes movimentos também se acumulem ao longo dos próximos anos.

São “extremistas disfarçados de bons samaritanos”, lê-se na Vice.

ZAP //

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