Em prol da Ciência, cientistas tingiram um porto de cor-de-rosa

Dalhousie University

Cientistas da Universidade de Dalhousie, no Canadá, utilizaram um corante fluorescente cor-de-rosa na central elétrica de Tufts Cove da Nova Scotia Power, em Dartmouth, para seguir o movimento da água e do seu conteúdo. Tudo em prol da Ciência e do combate às alterações climáticas.

A experiência consistiu em deitar 500 litros de corante, seguro e solúvel, no escoamento da água de arrefecimento da central elétrica. Depois, foram lançados vários barcos, drones e robôs subaquáticos para seguir o trajeto do corante, com o intuito de analisar de que forma se deslocam os materiais no porto.

A reportagem levada a cabo pelo programa Maritime Noon, da rádio CBC, realça que o objetivo deste projeto é ajudar a combater as alterações climáticas, permitindo aos cientistas adicionar ao porto material alcalino capaz de reter as emissões de CO2.

“Esta é apenas uma pequena parte de um projeto de investigação muito maior”, disse Katja Fennel, oceanógrafa que lidera a investigação. “O objetivo final é testar uma ideia para uma tecnologia que nos ajudaria a reduzir o CO2 atmosférico, além de ser mais uma ferramenta no combate às alterações climáticas.”

Os dados desta primeira experiência serão usados no próximo mês, altura em que a empresa Planetary Technologies irá adicionar à água o material alcalino que armazena o CO2.

“Acontece que o oceano tem esta grande capacidade de armazenar CO2 de forma permanente e segura, porque é ligeiramente alcalino, e essa é a razão pela qual o oceano já armazena enormes quantidades de CO250 vezes mais do que na atmosfera”, detalhou a investigadora.

O material alcalino servirá para aumentar a absorção de dióxido de carbono no oceano, retirando da atmosfera a perigosa emissão de gases com efeito de estufa e armazenando-a em segurança na água.

“Para podermos afirmar com credibilidade que esta é uma ferramenta com potencial para ajudar a mitigar o CO2 na atmosfera, temos de a medir, verificar com precisão e quantificar a quantidade de CO2 que é efetivamente absorvida”, acrescentou Fennel.

ZAP //

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