A história da enfermeira que escondeu 12 judeus na casa de um major nazi

Irene Gut Opdyke foi até homenageada com a sua própria peça de teatro na Broadway e condecorado postuamente.

No sombrio cenário da Segunda Guerra Mundial, surgiram vários heróis improváveis e que não foram devidamente reconhecidos. Foi este o caso de Irene Gut Opdyke, uma enfermeira polaca que corajosamente se sacrificou para ajudar um grupo de judeus a escapar à perseguição dos nazis, arriscando a sua vida no processo.

Após a invasão nazi da Polónia em 1939, que viu a rápida instalação de campos de concentração, os polacos exibiram um espírito desafiante. Entre eles, destaca-se Gut Opdyke, que após ser capturada pelas forças russas e devolvida à Polónia, começou a trabalhar numa cozinha para os soldados alemães em Tarnopol.

Ciente do perigo em que os judeus estavam nas mãos dos nazis, Gut Opdyke deu um passo ousado. Inicialmente, decidiu escondeu seis judeus, ajudando-os a fugir através de uma rota pela floresta. Posteriormente, quando o major alemão Eduard Rügemer a empregou como governanta, decidiu esconder 12 judeus no porão e no sótão da casa do oficial nazi, escreve o Grunge.

A sua audaciosa missão de resgate, no entanto, quase foi frustrada quando o Major Rügemer descobriu o seu segredo. Na altura, a enfermeira fez um pacto desesperado, concordando ser amante do soldado nazi em troca do seu silêncio, salvaguardando assim a vida dos judeus escondidos.

O grupo conseguiu escapar com a chegada das tropas soviéticas que libertaram a Polónia, um testemunho da determinação inabalável de Gut Opdyke.

A história de Gut Opdyke ressoou no século XXI, tendo até inspirado a peça da Broadway, “Irena’s Vow”, em 2009. A enfermeira foi também condecorada postuamente, tendo recebido a Medalha de Honra polaca e o prémio Courage to Care da Liga Anti-Difamação. Quando questionada sobre a coragem da sua mãe, a filha de Gut Opdyke, Jeannie Opdyke Smith, atribuiu o seu espírito indomável à “fé, perdão e amor!”

ZAP //

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