Putin reforça Guarda Nacional “à prova de golpe de Estado” com tanques e a unidade “trovão”

2

EPA/MIKHAEL KLIMENTYEV / SPUTNIK / KREMLIN

Vladimir Putin

O Presidente russo integrou a unidade Grom na sua Guarda Nacional e reforçou o seu armamento no rescaldo da rebelião de Prigozhin. Viktor Zolotov, aliado de longa data de Putin, também sai a ganhar.

Vladimir Putin fortaleceu a sua Guarda Nacional na sequência da rebelião do grupo Wagner. As forças contam agora com mais uma unidade de militares de elite, chamada Grom, bem como com tanques, aviões de guerra e mais artilharia, numa tentativa de prevenir futuras rebeliões.

A unidade Grom — cuja tradução significa “trovão” — ganhou uma grande reputação por estar envolvida em operações de captura de líderes de gangues e conta com cerca de 7000 homens. Todo o pessoal e infraestruturas da unidade vão agora integrar a Guarda Nacional.

A Guarda Nacional foi criada por Putin em 2016 e reporta diretamente ao Presidente, sem ter de passar pelo Ministério da Defesa. A força conta com 320 000 homens e é liderada por Viktor Zolotov, ex-segurança leal a Putin, e tem como principal missão conter os críticos que se manifestam contra o Presidente russo, escreve o Telegraph.

A rebelião dos mercenários liderados por Yevgeny Prigozhin fez Putin reconsiderar o seu núcleo de segurança e apostar num fortalecimento Guarda Nacional. Além disso, o chefe de Estado russo está também a utilizar a Grom para atrair ex-combatentes Wagner que não desejam juntar-se aos outros membros na Bielorrússia.

Para Ben Noble, professor associado de política russa na University College London, esta é uma tentativa de Putin “tornar o Kremlin à prova de golpes de Estado“, indicando preocupações com possíveis desafios internos ao seu governo.

Esta semana, o parlamento russo também aprovou mudanças no estatuto da Guarda Nacional, permitindo que esta possa ser armada com equipamento militar para “suprimir as atividades de grupos armados ilegais”.

Andrei Soldatov, especialista nos serviços de segurança da Rússia, considera que “Putin está a endireitar o comando e controlo das forças especiais após a rebelião de Prigozhin”. Alguns sugerem que a medida também pode ser uma forma de recompensar o aliado de longa data Viktor Zolotov.

John Hardie, diretor adjunto do programa da Rússia na Fundação para a Defesa das Democracias, um think tank americano, acrescenta: “É mais uma vitória para Viktor Zolotov. Eles eram a última unidade especial de polícia do Ministério do Interior.”

ZAP //

Siga o ZAP no Whatsapp

2 Comments

  1. Mais de trezentos mil homens que davam muito jeito na Ucrânia. Parece que Putin já está mais preocupado com a potencial oposição do que com a “operação militar especial”.

  2. Sempre disse ; que não é com un ataque Ucraniano a sua preciosa mas inútil Vida , que esta criatura se deve preocupar ! . Há gente que chegue na Rússia , que deseja por fim a Vida deste energúmeno assassino , que não hesita a enviar para a frente de batalha e sacrificar dos mais Jovens saídos apenas da adolescência aos mais velhos qualquer que seja o estado de Saúde , não para o bem e futuro da Rússia , mas sim para satisfazer a loucura deste novo Führer !

Deixe o seu comentário

Your email address will not be published.