O Ministério Público (MP) abriu um inquérito a Joana Mascarenhas, influencer que afirmou nas redes sociais dar banhos de água fria à filha para acabar com as birras.
O inquérito “corre termos na Secção Especializada Integrada de Violência Doméstica de Lisboa”, revela a Procuradoria-Geral da República numa resposta enviado por escrito à CNN Portugal. O Expresso também avança a abertura da investigação.
O caso desta mãe conhecida nas redes sociais como Joana Mascarenhas, deu que falar durante o fim-de-semana com um vídeo onde ela revela como lida com as birras da filha de três anos.
“Molhei-a toda com água fria. Foi um super remédio santo“, refere a influencer, salientando que foi assim que tratou de uma birra da filha durante a noite, em que acordava de hora em hora, a pedir à mãe para ir para a cama dela.
Noutra ocasião, durante outra birra junto à piscina, Joana Mascarenhas diz que nem ameaçou a filha e que, simplesmente, pegou nela para a submergir na água até ao pescoço. “Ela odeia água fria”, salienta esta mãe, notando que, por isso mesmo, o “truque” tem sido muito eficaz para travar as birras da filha.
“Quem ganhou? Quem ganhou?”
“Já não faz birra nenhuma na piscina há mais de 10 semanas”, congratula-se a influencer.
“Ninguém tem que levar com os gritos de uma criança que está só a medir pilinhas, sendo que ela não tem, nem eu”, atira ainda Joana Mascarenhas, notando que na última noite, a criança “dormiu tranquilamente”. “Quem ganhou? Quem ganhou?”, questiona com risos de satisfação.
Parte final do vídeo, é revoltante. Lamento. pic.twitter.com/9IEaskyVH2
— PIDE FICTION (@PIDE_DGS) July 14, 2023
Após ter sido muito criticada por estes comportamentos para com a filha, Joana Mascarenhas até conseguiu um aumento do número de seguidores no Instagram, chegando aos 10 mil. Mas a influencer acabou por remover a conta e terá apagado todas as suas redes sociais.
Pode estar em causa o crime de maus-tratos
Várias pessoas avançaram nas redes sociais que iam apresentar queixa contra a influencer na Comissão de Protecção de Crianças e Jovens (CPCJ) e na PSP.
Especialistas ouvidos pela CNN Portugal sublinham que os actos de Joana Mascarenhas podem configurar situações de maus-tratos de acordo com o artigo 152-A do Código Penal.
Mas há também advogados que referem ao canal que podem estar em causa os crimes de atentado à integridade física (artigo 143 do Código Penal) e de violência doméstica (artigo 152).
“Uma atitude como esta configura um mau trato”, entende o psicólogo Eduardo Sá, especialista em Educação, conforme declarações à TVI. “As autoridades não têm como ignorar”, acrescenta.
“O acto de submergir uma criança não gera numa criança uma reacção de medo, mas sim de terror. No limite, aproxima-se daquilo que nós chamamos de uma situação de quase morte“, salienta ainda Eduardo Sá.
O psicólogo também nota que “não faz sentido” um adulto “medir forças com crianças muito pequeninas“. “Nós somos mais fortes, temos obrigação de ser mais clarividentes, mais sábios, mais sensatos”, conclui.
Por favor , retirem do Artigo o Titulo de “Mãe” . Esta anormal não o merece !