É uma técnica que surgiu na China há cerca de 2 mil anos. Muita gente vai gostar deste artigo.
E que tal não fazer quase nada para termos bons resultados na nossa vida?
Parece utópico, mas assim é o wu hei.
O wu hei significa, em mandarim, precisamente “não fazer nada”. Ou “nada-fazer”, na verdade.
É um convite para relaxar – tentando que não caia na preguiça ou na apatia.
É uma técnica muito associada ao taoismo.
Uma psicóloga partilhou na CNBC o seu conselho: praticar o wu hei. Porque esta “cultura agitada” actual pode ter um efeito tóxico em muita gente.
A ideia, reforça a psicóloga Junhong Cao, não é sentar e relaxar. Não é só isso.
Porque o wu hei não é só isso: é permitir que as coisas aconteçam naturalmente e deixar de lado a necessidade de controlar tudo. Age-se quando é preciso mas não origina esforço e tensão excessivos.
Isso diminui o stress e a ansiedade. E aumenta a satisfação e o bem-estar geral.
Junhong deixa três dicas para aplicar o wu hei no dia-a-dia.
A primeira é aceitar as coisas como elas são. Se o encontro, ou um evento que organizou, não correu como planeado, aceite. Se não conseguiu o emprego que queria, aceite. As coisas podem não correr exactamente como tinha planeado. Não conseguimos controlar tudo – mas podemos aproveitar para aprender para a próxima.
A segunda sugestão, relacionada com a primeira: aceitar a imperfeição. Deixar que as coisas percorram o seu percurso normal, sem forçar o resultado. Já sabemos: “Ninguém é perfeito”. E, já agora, “nada é perfeito”. Vamos cometer erros, vamos falhar. E (de novo) vamos aprender. A auto-tortura leva onde?
Por mim, a recomendação de utilizar o mindfulness. Atentar no presente, concentrar nos pensamentos e nos sentimentos, sem julgar. Aproveitar, observar. Lao Tzu, um antigo filósofo chinês e fundador do taoísmo, terá dito, um dia: “Se estás deprimido, estás a viver no passado. Se estás ansioso, estás a viver no futuro. Se estás em paz, estás a viver no presente”.