O galardão de maior predador não vai para o leão, tampouco para os temíveis tubarões. Uma investigação revela que o melhor predador do reino animal somos nós, o Homo Sapiens.
Um novo estudo publicado a semana passada na Communications Biology revela números absolutamente impressionantes: os seres humanos industrializados são, definitivamente, o maior predador à face da Terra, capazes de dominar, caçar e usar outros animais em grande escala.
Dentro de faixas geográficas semelhantes, este novo estudo descobriu que os humanos têm como alvo 80 vezes mais espécies de vertebrados do que os leões. Este número é ainda 113 vezes superior aos registados para o tubarão branco.
Como “presas” são considerados qualquer animal individual que é retirado da sua população selvagem para usufruto de uma espécie superior. E, neste campo, os humanos exploram cerca de 300 mais espécies do que outros predadores comparáveis.
“Neste estudo queríamos abordar os seres humanos enquanto predadores de uma forma diferente daquela que é feita por biólogos marinhos e biólogos de vida selvagem. Embora alguns antropólogos evolutivos o façam, a grande maioria não considera os humanos como predadores”, afirma o co-autor principal do estudo, Chris Darimont.
Na verdade, este estudo revela que os seres humanos atacam e abatem um maior número de espécies em comparação com outros grupos de animais.
(Nós) somos os responsáveis por dominar 2 em cada 5 espécies de peixes, quase metade das espécies de aves e cerca de um quarto de mamíferos e peixes cartilaginosos, como os tubarões e as raias.
O “domínio” destes animais vai além da captura de presas para alimentação. Inclui ainda a utilização de animais para práticas agrícolas, animais de estimação, produção de roupa, fármacos e ainda, troféus.
Esta utilização abusiva tem um impacto profundo na biodiversidade. O domínio do homem sobre mamíferos, anfíbios e peixes coloca em risco um grande número de espécies. No total, estima-se que a exploração humana coloque em risco cerca de 40% das espécies.
No entanto, o impacto provocado pelo ser humano não se limita ao uso direto de animais. O domínio de uma espécie faz com que haja um aumento de competição por alimento entre outras duas ou mais espécies, colocando-as também em risco.
Há, portanto, uma completa desregulação das cadeias alimentares e do ecossistema onde estas espécies estão inseridas.
Surpreendentemente, o comércio de animais de estimação tem um contributo significativo para a exploração animal. Os números indicam que os animais de estimação representam metade da exploração de todas as espécies terrestres.
“A captura de espécies para o comércio de animais de estimação é considerada um meio de predação. Em ambiente terrestre, há mais espécies a ser capturadas para o comércio de animais de estimação do que propriamente para alimentação”, acrescenta Darimont, co-autor do estudo.
Os investigadores acrescentam ainda que há vários fatores que não foram considerados neste estudo.
A desflorestação, expansão urbana, poluição e introdução de predadores selvagens são alguns exemplos que não foram analisados. Caso fossem considerados, seria de esperar que os números disparassem para valores verdadeiramente assustadores.
“A predação evoluiu para um nível muito superior e vai muito além de uma forma de obter nutrientes e energia”, diz Darimont.
“A destruição ambiental e a perda de habitat são, indiscutivelmente, o fator mais stressante para os animais, talvez até mais influente do que a superexploração”, acrescenta.
Os investigadores são veementes e afirmam que é necessário implementar medidas capazes de reduzir a exploração de espécies animais. Segundo Darimont, co-autor do estudo, é essencial uma “governação em grande escala” de modo a conter as taxas de exploração animal.
Em última análise, é urgente regulamentar o uso industrial de animais por humanos. A conservação da biodiversidade é fundamental para a manutenção da saúde dos ecossistemas e para o nosso próprio bem-estar, enquanto seres humanos.
É importante adotar práticas sustentáveis e medidas de preservação, de modo a reduzir o impacto negativo desta superexploração e proteger a diversidade da vida no nosso planeta.
Só agora…já cheguei a essa conclusão há pelo menos 6 anos
Só o ser humano hipocrita é que não sabe isso.
Por este caminho, sem consciência, o maior predador de sempre na falta de presas canibaliza-se , se é que já não o faz noutros parâmetros da existência humana
Eu diria que somos superpredadores ou então predadores sofisticados.
Além de caçarmos, de dominarmos, também escravizamos outras espécies, ao ponto de que quando as suas crias nascem já estão destinadas a serem engordadas unicamente para nós comermos.
Mas por outro lado, só com esta sofisticação é possível ter regularidade na obtenção de alimento e também otimização do tempo que dispendemos na sua obtenção. Isto permitiu-nos, ao longo da pré e história, ir tendo cada vez mais tempo livre para desenvolvermos uma civilização. Um pacifico herbívoro passa grande parte do seu tempo a alimentar-se, devido à baixa densidade energética das plantas, pelo que nunca teria tempo para desenvolver civilização.
Assim, provavelmente, para atingir um alto grau de desenvolvimento tecnologico e civilizacional, uma espécie tem de se tornar superpredadora. Se um dia formos visitados por extra terrestres, necessariamente mais desenvolvidos do que nós para chegarem cá, muito provavelmente eles serão super ou hiperpredadores. Estaremos condenados? É provável …
Talvez fosse uma excelente ideia pararmos de lançar para o espaço “convites” para que uma eventual civilização extraterrestre nos visite. Que acham?
De facto, uma verdade tão real
Infelizmente é tudo inteiramente verdade. O ser humano é a espécie que mais prejudica e destrói os outros seres vivos, a natureza e o próprio planeta.
Em Gênisis 1:26-28 diz:
26Então disse Deus: “Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança. Domine ele sobre os peixes do mar, sobre as aves do céu, sobre os grandes animais de toda a terra e sobre todos os pequenos animais que se movem rente ao chão”.
27Criou Deus o homem à sua imagem,
à imagem de Deus o criou;
homem e mulher os criou.
28Deus os abençoou e lhes disse: “Sejam férteis e multipliquem-se! Encham e subjuguem a terra! Dominem sobre os peixes do mar, sobre as aves do céu e sobre todos os animais que se movem pela terra”.
Não acho que seja um mal. Tudo depende de “a que se destina”…. Parte dos animais foram criados para nosso sustento e equilíbrio da cadeia alimentar. Não vejo nenhum mal em criar em “cativeiro” para produção em grande escala. É melhor que a caça de campo em que tem que se ferir e traumatizar o animal até sua captura e morte. Vejo como o comentário do Palmas. As grandes granjas e criatórios de animais fazem parte da evolução humana.
Que mal tem a caça (ordenada e responsável)? É das poucas coisas, em comum com outros predadores, que ainda mantemos…
Só que não. Experimente caçar e matar animais sem armas, tal como os outros predadores, a ver se consegue.
Engraçado… falam quase todos da raça humana na terceira pessoa. O pessoal que comenta por aqui, deve ser todo ET