Misteriosos sinais em forma de espiral detetados no nosso cérebro

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Numa descoberta inesperada, uma equipa de investigadores detetou misteriosos sinais em forma de espiral no cérebro humano.

Os cientistas fizeram uma descoberta que poderá revolucionar a nossa compreensão do cérebro humano. Uma equipa de físicos de fluidos da Universidade de Sydney, na Austrália, e da Universidade de Fudan, na China, identificou sinais em forma de espiral que ondulam no córtex cerebral, a camada mais externa de tecido neural do cérebro.

O córtex cerebral, responsável por funções cognitivas complexas como a linguagem e a memória, tem sido amplamente estudado. No entanto, a maior parte da investigação examinou a comunicação entre células individuais e as redes que estas formam. O estudo recente adotou uma abordagem diferente, utilizando métodos tipicamente utilizados por físicos de fluidos que estudam padrões de ondas em fluxos turbulentos.

Os investigadores analisaram dados de imagiologia cerebral para visualizar a atividade cerebral. Segundo o ScienceAlert, observaram padrões semelhantes a espirais, que se moviam pela superfície do cérebro e giravam em torno de pontos centrais conhecidos como singularidades de fase. Essas ondas em espiral exibiam uma dinâmica intrincada e complexa, lembrando vórtices em sistemas turbulentos.

Verificou-se que estes padrões abrangem várias redes de células interligadas, o que sugere que desempenham um papel na coordenação da atividade cerebral. Uma análise mais aprofundada revelou que as espirais mudavam de direção durante o processamento da linguagem e as tarefas de memória de trabalho.

Curiosamente, as espirais surgiam frequentemente nas fronteiras entre diferentes redes funcionais do cérebro. A hipótese é que estes padrões atuam como portões, permitindo ou bloqueando o fluxo de atividade entre redes com base na sua direção de rotação. Desta forma, as espirais coordenam a atividade entre diferentes regiões do cérebro.

Os resultados desafiam a visão tradicional de que as funções complexas do cérebro resultam apenas da atividade de células individuais. Em vez disso, apoiam a teoria de que os padrões ondulatórios da atividade cerebral são influenciados pelas características estruturais do cérebro, tais como as suas dobras e contornos.

O estudo foi recentemente publicado na revista Nature Human Behaviour.

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1 Comment

  1. O movimento em vórtice se repete na galáxias, isto não é coisa a ser desprezada, o nada zero absoluto e o nada infinito da amplitude eterna.

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