Com recurso aos The Beatles, Santana Lopes admite candidatura à Presidência

André Kosters / Lusa

“Tenho currículo e vontade”. O antigo primeiro-ministro confessa que entrará na corrida à sucessão de Marcelo nas eleições de 2026 “se houver condições para vencer essa disputa”.

Pedro Santana Lopes confessou, esta quinta-feira, “ter currículo e vontade” de se candidatar a Presidente da República nas eleições de 2026.

“Não se devem tomar decisões antes do tempo, mas é algo que não está excluído. Isto só se resolve com pessoas incomuns. Tenho currículo e vontade. Se houver condições para vencer essa disputa, poderei estar lá”, garante o atual presidente da Câmara Municipal da Figueira da Foz ao Observador.

Terá sido esta quinta-feira, no “Senado” — grupo de jovens de direita que já juntou figuras influentes da política em reuniões informais —, que Santana Lopes manifestou a intenção de se candidatar a chefe de Estado.

Horas antes, o eventual candidato já tinha deixado uma pista nas redes sociais que apontavam para a sua candidatura à presidência nas próximas eleições: a música “The Long And Winding Road“, dos The Beatles.

“Uma longa e sinuosa estrada”. Será assim que o ex-primeiro ministro encara a eventualidade de entrar na corrida a Belém.

“O tempo passa a correr. O atual Presidente da República já está a meio do segundo mandato. E quem quiser ganhar as próximas eleições tem de trabalhar. É um caminho”, disse, sublinhando que um bom currículo, vontade e condições políticas são condições essenciais para conquistar o posto. Santana Lopes admitiu, ao Observador, que falta trabalhar a terceira condição.

Candidatura equacionada desde 2020

Santana Lopes já tinha admitido não ver “ninguém com maior ou melhor currículo” do que o seu no espaço do centro-direita para ser Presidente da República, apesar das derrotas políticas que veio a sofrer.

“Quase todos os Presidentes da República tiveram momentos difíceis antes de lá chegarem”, argumentou na entrevista à RTP3, em abril.

Aliás, na semana em que saiu da liderança do partido do qual foi criador – o Aliança –, em 2020, Pedro Santana Lopes deixou claro que esse não seria o fim da linha na sua vida política, e relembrou que há um cargo político que ainda não ocupou: o de Presidente.

Excluindo, na altura, o regresso ao PSD, Santana Lopes não escondeu o brilho quanto à candidatura a Belém em 2026. “Do ponto de vista político, não há nada que me impeça. Não me excluo de nada”, garantiu, em entrevista ao Observador.

No entanto, se na altura deixou o aviso de que iria “independentemente de quem esteja na linha de partida”, referindo-se a possíveis candidatos que poderá ter que enfrentar caso se candidate a Belém, agora tudo depende das possibilidades de vitória.

ZAP //

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