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Mau tempo causa “catástrofe” em Foz Coa

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(dr) Meteo Trás os Montes

Chuvas fortes e granizo estragaram muito da vinha local. Prejuízos “são catastróficos” para o setor vinícola do concelho.

O concelho de Vila Nova de Foz Côa registou na segunda-feira ao final da tarde fortes chuvas acompanhadas de granizo que provocaram prejuízos avultados na vinha, disse hoje à Lusa o presidente da Câmara.

“Foi registada a queda de pedras de granizo bastantes grandes e chuva intensa que destruíram praticamente todas as vinhas em dois terços do concelho. Os prejuízos são muito avultados em todo o setor agrícola. Também foram registadas inundações em habitações e estradas, e caminhos [ficaram] danificados”, explicou João Paulo Sousa.

Touça, Freixo de Numão, Cebadelhe, Mós, Murça e áreas de agricultura e vinha nas imediações da sede de concelho foram as localidades deste concelho do distrito da Guarda mais atingidas pela intempérie.

A freguesia de Freixo de Numão, no concelho de Vila Nova de Foz Côa, foi a mais afetada pela queda intensa de granizo e chuva.

Do lado da Câmara de Foz Côa há garantia de que os caminhos vão ser intervencionados para os tornar transitáveis para os agricultores.

“Catastrófico”

O presidente da Adega Cooperativa de Freixo de Numão, em Foz Côa, disse esta terça-feira, 13 de junho, que os prejuízos causados na vinha, após a intempérie de segunda-feira, ao final da tarde, “são catastróficos” para o setor vinícola do concelho.

“Os estragos provocados pela chuva e queda de granizo foram muito contundentes, o que levou a uma situação catastrófica para os produtores porque se perspetivava uma boa colheita em termos de quantidade e qualidade das uvas”, explicou à Lusa Ilídio Santos.

Esta cooperativa vitivinícola do distrito da Guarda representa meio milhar de produtores de vinho, proprietários de 1.250 hectares de vinha, onde os prejuízos são “bem visíveis”.

“Se em outras situações os estragos provocados pelo mau tempo rondavam os 20 a 40% da produção, desta vez os danos vão muito além do normal, causando prejuízos ainda não contabilizados, porque ainda só foram apurados os estragos em cerca de metade da área das vinhas dos nossos associados”, vincou o dirigente.

Ilídio Santos acrescentou ainda que a cultura da vinha é a principal fonte de rendimento deste território da sub-região do Douro Superior que está integrada na Região Demarcada do Douro (RDD).

“Estas intempéries, para além de destruírem as uvas e videiras, causam igualmente o desmoronamento dos patamares da vinha [socalcos] e muros de suporte que são difíceis de reparar”, frisou o presidente da adega de Freixo de Numão.

Segundo Ilídio Santos, estas intempéries aconteciam intervaladas por alguns anos, mas agora são registadas várias vezes no mesmo ano, o que acarreta ainda mais prejuízos.

O dirigente refere ainda que ao nível da cooperativa que dirige são feitos seguros de colheita, apenas ao nível da uva, sendo esta uma medida financiada pela União Europeia.

“Fazemos apelo a todos os sócios para fazerem seguros de colheita cujo prémio é financiado em 80% pela UE. Mas isto não é tudo porque a videira fica afetada e ao nível da cooperativa se não tivermos uvas também não temos atividade e temos uma estrutura para manter “, enfatizou.

O Ministério da Agricultura assegurou esta terça-feira à Lusa que a Direção-Regional de Agricultura e Pescas do Norte está a fazer o levantamento dos estragos provocados pelas chuvas e granizo que ocorreram na região Norte, provocando estragos na vinha.

“Já temos equipas da DRAP Norte no terreno a fazer os primeiros levantamentos [dos estragos] “, referiu o Ministério da Agricultura e da Alimentação, numa nota enviada à Lusa.

De acordo com o mesmo documento, o executivo está a trabalhar em “estreita ligação com os autarcas”.

ZAP // Lusa

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1 Comment

  1. É preciso averiguar se estas condições meteorológicas que estamos a vivenciar desde Abril e até ao presente mês de Junho, estão a ser provocadas pela Natureza ou pelo Ser-Humano.

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