Não consegue resistir a fazer compras? Há formas de controlar o vício

A oniomania consiste num vício em compras por impulso e pode deixar quem sofre do distúrbio em graves crises financeiras e mentais.

Sente que faz muitas compras por impulso? É provável que sofra de oniomania — das palavras grega “onios”, que significa compras, e “mania” — também conhecido como distúbio de compras compulsivas.

Este problema pode ter consequências devastadoras na saúde mental de quem é afetado e pode também deixar as pessoas em graves situações financeiras. No entanto, a grande maioria das pessoas que sofre desta condição não pede ajuda.

É difícil estimar quão comum a oniomania verdadeiramente é. Afinal, onde se desenha a fronteira entre alguém que sofre deste distúrbio e uma pessoa que simplesmenta gosta de fazer compras?

A separação é simples — as pessoas que gostam de comprar focam-se nos produtos que compram, enquanto que quem sofre da compulsão é obcecado com o ato de comprar em si, mesmo quando adquirem algo inútil ou insignificante.

Quando procura reconhecer sinais de oniomania nos seus próprios comportamentos, a presença de outros distúrbios psicológicos, como a depressão, défice de atenção ou vício em drogas, é um indicador forte que aumenta a probabilidade de também sofrer de compulsão pelas compras

No entanto, há formas de controlar este vício. Ainda não há um tratamento definido, mas uma equipa de investigadores aponta que tomar antidepressivos juntamente com terapias comportamentais cognitivas ajudam a tratar um historia de “compras patológicas excessivas”, relata o Big Think.

A psicoterapeuta Joyce Marter também recomenda começar com uma “desintoxicação financeira“, como impor um limite às compras durante um período de tempo à sua escolha.

Após desenvolver uma mentalidade focada em poupar dinheiro, Marter aconselha criar um “plano de prevenção de recaída” onde identifica aquilo que o costuma fazer voltar a comprar por impulso, como querer impressionar alguém ou se há alguma altura do dia específica onde se sente mais tentado a comprar.

“Se tiver uma recaída, pratique auto-compaixão, aprenda com isso e siga em frente. É preciso tempo para mudar padrões antigos de compras emocionais”, afirma.

Alguns viciados em compras tentam parar repentinamente de comprar, mas esta estratégia tende a falhar. “Em vez de se abster de fazer compras, o que é irrealista, os indivíduos devem escolher abster-se dos comportamentos compulsivos e sem controlo”, explica Amanda Giordano, especialista em adições.

Uma mudança recomendada é, por exemplo, tentar evitar usar cartões de crédito de forma a que não se possa comprar mais do que se consegue pagar. Giordano também encoraja as pessoas a explorar o que motiva o impulso para comprar.

“Uma vez determinada a função ou propósito da compra compulsiva, os indivíduos podem encontrar formas mais adaptativas para atender à necessidade identificada e lidar com as adversidades da vida. Juntamente com o aconselhamento, indivíduos com vício em compras podem achar benéfico o Devedores Anónimos, que é um programa de 12 etapas para ajudar aqueles com dívidas compulsivas”, remata.

ZAP //

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