Os sindicatos denunciam ameaças que estão a impedir os trabalhadores de exercer o direito à greve devido ao medo e admitem avançar para a justiça.
A Câmara Municipal de Matosinhos está a ser acusada de pressionar e ameaçar os diretores das escolas do município com processos disciplinares caso aderissem à greve nacional da Função Pública marcada para esta sexta-feira.
A denúncia partiu do Sindicato de Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais do Norte. Em declarações à SIC, Lurdes Ribeiro, membro da direção do STFPSN, garante que muitos profissionais “estão proibidos de exercer o direito à greve” num cenário de “medo”
A dirigente sindical relata que os diretores das escolas receberam um email da autarquia de Matosinhos a avisar que, caso os trabalhadores das escolas fizessem greve, seriam alvo de processos disciplinares.
“Esta greve fica marcada pela palavra medo. Provavelmente será na Justiça e nos tribunais que nós vamos resolver isto”, revela Lurdes Ribeiro.
A greve, convocada pela Frente Comum, deverá afetar serviços da educação, saúde, finanças, segurança social, autarquias, centros de processamento ou serviços centrais. Os trabalhadores exigem aumentos salariais imediatos perante a escalada da inflação e a subida do custo de vida.
“Estamos à espera de uma grande greve da Administração Pública, uma das maiores greves dos últimos anos seguramente”, afirma Sebastião Santana, da Frente Comum.