Bruno Fernandes contestado no United por “coisinhas irritantes” típicas de Portugal

Peter Powell / EPA

O português Bruno Fernandes esteve em destaque na vitória do Manchester United sobre o Bétis, por 4-1, nos oitavos-de-final da Liga Europa. Mas o jogador tem sido contestado em Inglaterra por “coisinhas irritantes” que são habituais no futebol português.

Bruno Fernandes marcou um golo ao Bétis e fez uma assistência para outro no triunfo por 4-1. Após o jogo, o treinador Erik ten Hag teceu-lhe elogios. “Foi fantástico”, referiu o técnico, frisando que “liderou a equipa com o seu controlo do jogo“.

Mas, em Inglaterra, não se esquece a atitude do internacional português durante a derrota humilhante do United, por 7-0, com o Liverpool. Uma das vozes críticas é o antigo jogador do clube de Manchester, Paul Scholes, que diz que Bruno Fernandes não é a melhor solução para ser capitão de equipa.

“O capitão tem que ser uma influência, um líder, calmo de carácter“, características que Scholes não vê em Bruno Fernandes. “Não penso que ele como capitão seja o ideal”, refere em declarações citadas pelo The Daily Mail.

Durante o encontro com o Liverpool, Bruno Fernandes empurrou o árbitro assistente depois de uma decisão que lhe desagradou e caiu agarrado ao rosto num lance onde foi atingido no peito por um adversário. Esses foram lances em que o português foi muito criticado.

“Ele vem de Portugal, onde eles fazem isso o tempo todo, mas em Inglaterra não é tão aceitável”, aponta Scholes. Contudo, o antigo jogador acredita que Bruno Fernandes vai “aprender” com tudo o que aconteceu e que, “daqui para a frente, vai tentar livrar-se daquelas coisinhas irritantes no seu jogo“.

Scholes lembra ainda, em benefício de Bruno Fernandes, que lhe pediram para jogar numa “posição onde não está confortável“. “Sacrificou-se por isso”, destaca, considerando que o jogador “estava frustrado com os companheiros de equipa” e que “não se orgulhará do que aconteceu no domingo”, frente ao Liverpool.

Mas, a pensar no futuro e em “jogos maiores, na luta por troféus, em finais da Liga dos Campeões, um capitão com menos emoção pode ser melhor” para o United, defende Scholes.