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Local onde “nasceu” Salvador Sobral é “perigo enorme” para quem o visita

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(dr) Fábrica Braço de Prata

Fábrica Braço de Prata, em Lisboa.

Salvador Sobral fez-se cantor na Fábrica Braço de Prata, que atua de forma ilegal em Lisboa. A autarquia diz que é um “perigo enorme” para quem a visita.

O espaço cultural conhecido como Fábrica Braço de Prata, em Lisboa, no Poço do Bispo, não tem condições de segurança e de salubridade, diz a Câmara de Lisboa. O fundador e diretor do espaço, o filósofo Nuno Nabais, diz que quase tudo ali funciona de forma “orgulhosamente ilegal”.

O edifício pertence à autarquia, mas é desde 2007 ocupado sem qualquer contrato. Nuno Nabais já pagou cerca de 50 mil euros em multas, escreve a CNN Portugal.

As coimas têm-se repetido ultimamente, devido a denúncias de barulho por parte dos vizinhos do lado. Não admira, visto que a Fábrica Braço de Prata pode, por vezes, receber até mil pessoas por noite.

Além de concertos, o espaço cultural abriga ainda exposições, palestras, livrarias e uma escola de música, além de um restaurante e um parque de auto-caravanas. O local não terá condições nem licenças para nenhuma destas atividades.

À TVI, Nuno Nabais salienta que o espaço tem sido um viveiro de artistas, dando como exemplo Salvador Sobral, que tantas vezes cantou lá.

As multas a Nuno Nabais vão além do ruído e da falta de licenças. A falta de alvará para vender bebidas e refeições também já levou a Câmara de Lisboa a multar o filósofo no passado.

Nuno Nabais diz que, em 2017, Duarte Cordeiro, na altura vice-presidente da autarquia, fez uma proposta de cedência gratuita em nome dos benefícios para a cultura da cidade. No entanto, nunca foi assinado nenhum protocolo e a ocupação do espaço continua a ser ilegal.

A chegada de Carlos Moedas à Câmara de Lisboa não veio ajudar em nada a causa da Fábrica Braço de Prata.

“De repente muda a vereação e eu telefono aos meus amigos da antiga vereação que me dizem que isto agora está um caos e que me irão contactar”, conta Nabais à TVI.

Em resposta à estação televisiva, fonte da autarquia garante que “existiu sempre uma recusa por parte do ocupante em negociar” e que “foi notificado e apresentado um valor para celebrar contrato de arrendamento que sempre se recusou a celebrar”.

“Foram efetuadas várias fiscalizações e vistorias com a proteção civil, bombeiros e direção municipal de obras, tendo sido confirmada uma utilização indevida e de perigosidade para o ocupante e seus utilizadores, uma vez que não reúne condições de salubridade e segurança”, acrescentou a Câmara de Lisboa.

ZAP //

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5 Comments

  1. Afinal que País é este? Há os “orgulhosamente ilegais” que parecem ser intocáveis e os circunstancialmente ilegais, que vivem com o credo na boca e a viver cada dia como se fosse o último, sob o espectro do despejo?

  2. Porque nao fecham o espaço? Outros têm q pagar rendas taxas e impostos e essa gente julga se dona disto tudo? Ou a
    auroridade do Rstado tb foi com a tap?

  3. Não vejo onde existam parasitas ali. A Fábrica de Braço Prata é há anos um lugar de cultura onde se “fazem” artistas . As atividades “paralelas” servem tb para pagar cachês. Os terrenos é que se MUITO apetecíveis para a exploração imobiliária. As queixas são agora do bairro dos ricos que cresceu mesmo ao lado. Quando para lá foram a FÁBRICA já existia. E que falta faz aquele terrenozinho para os ricos se expandirem com vista desafogada para o Tejo

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