Gaitán repôs hoje a vantagem de seis pontos do Benfica sobre o FC Porto, ao apontar o único tento do triunfo sobre o lanterna-vermelha Gil Vicente (1-0), no encontro da 14.ª jornada da Primeira Liga.
Na ressaca da eliminação da Taça de Portugal, aos pés do Sporting de Braga, a formação da Luz manifestou algumas dificuldades para levar de vencida o último classificado do campeonato, que, na etapa complementar, chegou a ameaçar o triunfo do líder.
Contudo, o tento de Gaitán, ainda na primeira parte (30 minutos), acabou por ser suficiente para a vitória do Benfica, que, assim, volta a ter seis pontos de vantagem sobre o rival e segundo classificado FC Porto.
Sem poder contar com Enzo Pérez e André Almeida, ambos castigados, Jorge Jesus colocou Talisca na posição 8 e lançou o suíço Benito no lado esquerdo da defesa, enquanto Samaris recuperou dos problemas físicos e regressou ao posto que tinha sido ocupado por Cristante na partida com os bracarenses.
No Estádio da Luz, em Lisboa, os encarnados iniciaram o encontro embalados pela dinâmica de Gaitán, Talisca e Jonas, sendo que sairia dos pés do médio ex-Bahia o primeiro remate perigoso, ao qual respondeu atentamente o guardião barcelense Adriano Facchini.
Pouco depois, o mesmo Talisca estaria novamente em destaque, colocando Jonas em posição privilegiada para alvejar a baliza gilista, mas Facchini voltou a adiar o tento benfiquista, que acabaria mesmo por surgir, à meia hora de jogo, quando Maxi Pereira beneficiou de posição irregular para se isolar, atirou ao poste e, na recarga, Gaitán inaugurou o marcador.
Sem bola e sem espaços de maior para aplicar o contra-ataque, o Gil Vicente apenas se fez notar na primeira parte através de dois pontapés inofensivos de Simy e até poderia ter saído para o descanso com uma desvantagem mais dilatada, caso Jonas tivesse direcionado eficazmente um cabeceamento.
Contudo, o desempenho do Benfica caiu bastante na etapa complementar e os visitantes aproveitaram para se aproximarem da baliza contrária, sendo que, na primeira das ocasiões, foi César a evitar o empate, quando Simy já se preparava para bater Júlio César.
Mesmo em claro abrandamento, o Benfica voltaria a ficar perto do segundo golo à passagem da hora de jogo, num remate traiçoeiro de Talisca, que encontrou a oposição de Adriano Facchini.
A partir deste momento, o conjunto da Luz não mais ameaçou, de forma concreta, os gilistas, que chegaram a fazer tremer os cerca de 40 mil adeptos que estavam nas bancadas.
Primeiro foi João Vilela a obrigar Júlio César a segurar a vantagem benfiquista e, a cerca de cinco minutos do final, seria o lateral-direito Gabriel, numa incursão à área, a ameaçar o empate.
À medida que o final do encontro se aproximava, a impaciência dos adeptos encarnados começava a aumentar, mas as águias seguraram mesmo o triunfo, depois de alguns sustos perfeitamente evitáveis.