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Empresa portuguesa vai ajudar a colocar o Homem na Lua

Marshall Space Flight Center / NASA

A portuguesa Critical Software é uma das empresas envolvidas num projeto que passa por fornecer a astronautas condições para habitarem na órbita lunar por um período máximo de 90 dias.

Segundo avançou esta segunda-feira o Diário de Notícias, a Critical Software esta neste momento a trabalhar com a Agência Espacial Europeia (ESA) no referido projeto, que deverá acontecer até 2027. Espera-se, contudo, que em 2026 já seja possível garantir as condições.

“Aquilo que fazemos é verificar requisitos, de design, de código, e depois fazemos uma validação final de acordo com certos requisitos”, explicou Rodrigo Pascoal, gestor de desenvolvimento da empresa.

A Critical Software foi criada em 1998 por três estudantes de Doutoramento, tendo já sido recrutada pela ESA para outros projetos. Um deles pretende, até 2025, uma ida ao Espaço para recolha de uma peça de 112 quilos e dois metros de diâmetro e 1,6 metros de altura.

De acordo com o jornal, este é o primeiro passo para remover partes do lixo espacial que orbita à volta da Terra. À este projeto está também associada a empresa portuguesa Demios.

No caso do projeto Gatway, a nave ficará mais longe da Terra do que a atual Estação Espacial e servirá, no futuro, como um ponto de paragem e abastecimento para missões à Lua e a Marte.

De seguida, “ficará numa órbita elíptica”, permitindo que o módulo se afaste e se aproxime da superfície lunar, recolhendo astronautas e abastecimento, indicou Rodrigo Pascoal. A Critical Software foi contratada para garantir as condições dos astronautas em órbita.

“Somos os autores do novo manual de Independent Verification and Validation (verificação e Validação Independente) de software e é nesse campo de atuação que somos reconhecidos e nos pedem para trabalhar”, referiu o responsável.

A empresa injeta, de forma propositada, falhas de software num sistema, como erros, para garantir que o funcionamento da estrutura é pleno, aprimorando a qualidade do teste e assegurando que não existem lacunas, de acordo com as normas pré-estabelecidas da ESA.

“Tens uma parte de uma nave em que há uma arquitetura de software, que tem várias partes com objetivos concretos como o software de voo ou para a propulsão. São vários componentes”, esclareceu Rodrigo Pascoal.

Tal “como noutras engenharias, no contexto da indústria espacial, estes são componentes que têm várias partes: de requisitos, design, implementação, inspeção e, por fim, de validação e aceitação”, acrescentou.

“O que acontece é que, em cada uma destas fases, o nosso papel é fazer verificação. Quando se está na fase de requisitos, o nosso papel é esse, fazer verificação de requisitos”, notou. Para tal, “existem ferramentas, mas há coisas que é preciso fazer”, disse ainda.

No caso da nave Gateway, o trabalho da empresa foca-se, sobretudo, no módulo I-HAB, que os astronautas vão habitar.

ZAP //

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