Falsas médicas burlam pacientes ao prometer curar qualquer cancro

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Duas mulheres faziam-se passar por médicas e prometiam curar várias doenças, inclusivamente cancros. Tinham uma clínica em Olhão e outra em Tomar.

Ilona Wilding, austríaca de 66 anos, e Luísa Teixeira, portuguesa de 39 anos, foram detidas em Olhão pela Polícia Judiciária após se terem feito passar por médicas.

Através de técnicas de medicina alternativa, a dupla prometia curar adultos, crianças e até animais que sofressem de todo o tipo de doenças, inclusivamente cancro.

De acordo com o Correio da Manhã, as duas mulheres são suspeitas da prática dos crimes de burla qualificada, usurpação de funções, ofensa à integridade física agravada por resultado de morte, entre outros atos ilícitos.

Luísa Teixeira é antropóloga e mestre em arqueologia, não tendo qualquer formação em medicina. Não é conhecida a formação profissional da austríaca, embora se saiba que também não tinha formação em medicina. As duas mulheres apresentavam-se aos pacientes como médicas ou profissionais de saúde.

O matutino escreve que a dupla operava na clínica “Astra”, em Olhão, no primeiro andar de um edifício na zona industrial de Bela Mandil. Além da clínica em Olhão, a dupla teria também um espaço na zona de Tomar, sabe o jornal.

Recebiam pacientes de várias zonas do país e de várias idades, incluindo bebés recém-nascidos que requeriam tratamento especializado.

No caso de pacientes oncológicos, Ilona Wilding e Luísa Teixeira sugeriam até que abandonassem as terapias convencionais, como a radioterapia e quimioterapia. Nestes casos, usavam terapias e suplementos não autorizados, fabricados pelas próprias.

Alguns dos produtos seriam compostos potencialmente perigosos, sobretudo se administrados em pacientes oncológicos, sublinha o Correio da Manhã.

As duas suspeitas alegavam que a clínica tinha uma equipa internacional e multidisciplinar, que tratava “problemas psicológicos, problemas oncológicos em qualquer estado, hiperatividade, desvios em desenvolvimento, enxaquecas, dependências tóxicas, doenças agudas e crónicas, síndrome de fadiga crónica, diabetes, doenças de pele ainda artroses e artrites”, entre outras condições médicas.

A primeira consulta custava 65 euros e as seguintes 35 euros. Vários pacientes, em particular doentes oncológicos, acabariam mesmo por morrer, escreve o jornal.

ZAP //

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