Ventura pede ajuda aos militantes para pagar cartazes (e mostrar “o verdadeiro Chega”)

José Sena Goulão / Lusa

O deputado único do Chega, André Ventura

É um “investimento para o futuro”. É, deste modo, que o líder do Chega, André Ventura, pede aos militantes do partido que ajudem a financiar cartazes para colocar em todos os 308 concelhos do país.

Apesar de receber uma generosa subvenção do Estado enquanto terceira força política mais representada no Parlamento – o valor pode ultrapassar os cinco milhões de euros se a legislatura actual chegar ao fim -, o Chega está a pedir a ajuda financeira dos seus militantes.

André Ventura enviou-lhes um email a pedir donativos no sentido de colocar um cartaz “em cada um dos 308 concelhos” do país, para “dar a conhecer o verdadeiro Chega”.

A mensagem, nestes termos, é citada pelo Observador e pelo Expresso que notam que Ventura espera arrecadar 154 mil euros com contributos dos militantes.

“O partido vai pagar o valor correspondente a metade do valor total de cada outdoor. Por outras palavras, o partido pagará 500 euros por cada outdoor e os militantes os outros 500 euros“, explica Ventura na mensagem.

“Os donativos serão feitos por cada concelhia, isto é, cada concelhia terá de amealhar 500 euros para um outdoor”, nota ainda o líder do Chega.

Feitas as contas, os militantes têm que contribuir com 154 mil euros para custearem metade do valor dos cartazes para todos os 308 concelhos.

“Investimento para o futuro”

Ventura explica que “não é fácil” para o Chega fazer “passar a mensagem a nível nacional”. “A comunicação social insiste em descrever-nos como um partido racista, fascista e xenófobo“, salienta. “Nós sabemos que isto não é verdade, mas e as outras pessoas?”, questiona o líder do partido.

Assim, Ventura nota que os cartazes podem mostrar ao país “o verdadeiro Chega”. Além do mais, destaca que são “um investimento para o futuro”, pois poderão ser usados “em qualquer momento”.

“Teremos sempre 308 outdoors (ou mais, consoante o valor dos donativos assim o permita) expostos, independentemente de ser época eleitoral ou não”, conclui.