Um novo opioide sintético, ao qual foi dado o nome de “Frankenstein”, está a espalhar-se nos Estados Unidos (EUA).
O procurador-geral da Florida, Ashley Moody, avisou esta semana que a droga, oficialmente conhecida como “composto de nitazeno”, pode ser até 40 vezes mais poderosa do que o fentanil.
Segundo a American Academy of Family Physicians (AAFP), a droga é normalmente misturada com fentanil, cocaína ou heroína, resultando em infeções de pele, músculo e ossos, úlceras e mortes por overdose, relatou o Unilad.
Ashley Moody está a pressionar para que a droga sejam adicionada à lista de substâncias controladas do Programa I na Florida, o que as classificaria com um elevado potencial de abuso sem prescrição médica.
Em 2022, o procurador-geral de Ohio, Dave Yost, fez um aviso semelhante sobre “Opiáceos de Frankenstein”, após terem sido registadas no primeiro trimestre desse ano 143 casos de overdose por nitazeno no estado, em comparação com 27 casos no mesmo período de 2021.
Segundo a Divisão do Laboratório de Investigação Criminal do Departamento de Ohio, essa droga pode ser entre 1,5 e 40 vezes mais potente que o fentanil. “Os opiáceos de Frankenstein são ainda mais letais do que as drogas já responsáveis por tantas mortes por overdose”, referiu Dave Yost.
“”Os opioides de Frankenstein”, que são ainda mais poderosos do que o incrivelmente letal e potente fentanil, são a mais recente variação e terão um efeito devastador sobre as pessoas, se não tomarmos medidas rápidas e decisivas”, disse à Fox News o procurador-geral da Virginia, Jason Miyares.
Jason Miyares e Ashley Moody são dois dos 21 advogados que apelaram ao Presidente norte-americano Joe Biden para declarar os cartéis de droga como organizações terroristas estrangeiras.