Uma linha de 100km2 de entulho — igual à área da cidade de Lisboa. Este é o tamanho da quantidade de entulho deixada pelos terramotos na Turquia.
O cálculo foi feito pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento, PNUD após o terramoto de dia 6 de fevereiro no país, que atingiu também a Síria.
Os tremores de terra na região perduraram até ao último dia 20.
A remoção dos escombros é necessária para permitir a entrega de alimentos, água e outros suprimentos, e ao regresso das atividades sociais e económicas do país. Pelo menos 1,5 milhão de pessoas foram atingidas pelas consequências do desastre.
Estima-se que o peso dos destroços deixados pelos terramotos na Turquia atinja os 116 a 210 milhões de toneladas.
O desafio “quase além da compreensão” envolve limpar uma área de 10km por 10km, coberta por destroços empilhados com um metro de altura.
Nos últimos dias, a Turquia autorizou a passagem de 335 camiões para a Síria, país vizinho que também foi afetado pelos tremores de terra.
Este sábado, o PNUD e outros parceiros iniciam a retirada de mais de 10 milhões de toneladas de destroços em Alepo, na Síria, onde agência da ONU estima que será necessário construir 500 novas residências, com um custo que pode chegar aos 114 milhões de dólares.
Neste momento, milhares de pessoas dormem ao relento ou em abrigos coletivos num inverno rigoroso.
Os peritos do país inspecionaram até agora mais de um milhão de edifícios. O relatório aponta para danos ou destruição total de 156 mil destes edifícios. Os que não caíram no sismo terão de ser demolidos por questão de segurança.
Durante a semana, agências das Nações Unidas enviaram dezenas de camiões com alimentos para as vítimas dos terramotos, tanto na Turquia como na Síria.
Um total de 53 veículos cruzaram o território turco para o noroeste da Síria com donativos do Programa Mundial de Alimentos, PMA, da Organização Internacional para Migrações, OIM, e da Agência da ONU para Refugiados, Acnur.
Os carregamentos contam com alimentos, abrigo, produtos de higiene e outros itens essenciais para milhares de pessoas.
O PMA prestou assistência alimentar a 900 mil pessoas. Até agora, apenas 4% do apelo humanitário da ONU para a Turquia foram recebidos.
ZAP // ONU News