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Netflix acaba hoje com partilha de contas em Portugal

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O fim da partilha de conta da Netflix por utilizadores fora da mesma residência arrancou esta quarta-feira em Portugal. Adicionar uma subconta fica 3,99€ mais caro.

A Netflix já tinha avisado que ia impedir a partilha de conta entre utilizadores que não vivam na mesma casa. O serviço de streaming anunciou que essas mudanças entram em vigor a partir desta quarta-feira. Portugal torna-se um dos primeiros países a testar o fim da partilha de contas como o conhecíamos.

“Durante o último ano, explorámos diferentes abordagens à resolução deste problema na América Latina e chegou agora o momento de alargar a implementação desta funcionalidade, já a partir de hoje, a outros países como o Canadá, a Nova Zelândia, Portugal e Espanha”, lê-se no comunicado.

Assim, os assinantes de um plano Standard ou Premium “podem adicionar contas secundárias” para até duas pessoas fora da sua residência, “por um custo adicional mensal de 3,99€ por pessoa”.

A conta secundária terá os seus próprios dados de acesso e recomendações personalizadas, embora a sua assinatura seja paga pela pessoa que o convidou a partilhar a sua conta Netflix.

Esta solução já foi adotada na América do Sul, onde o serviço de streaming começou a solicitar que utilizadores no Chile, Costa Rica e Peru paguem por uma “subconta extra” caso seja detetado alguém fora da casa a usar a conta.

A Netflix admitiu que facilitou a partilha de contas, uma funcionalidade que “tem sido muito popular”, mas que limita a sua capacidade “de investir em novos programas de televisão, séries e filmes de grande qualidade”.

Em situações de viagem, “os membros podem continuar a ver a Netflix nos seus dispositivos pessoais ou iniciar sessão num novo televisor, por exemplo, num quarto de hotel ou numa casa de férias”.

“Valorizamos os nossos membros e reconhecemos que têm muitas escolhas de entretenimento. Uma conta Netflix é pensada para uma residência e os membros podem escolher de um leque variado de diferentes funcionalidades”, lê-se ainda no comunicado da empresa, que admite “afinar estas funcionalidades tendo em conta o feedback” dos utilizadores.

Em janeiro, a Netflix assumiu que estava à espera de uma “reação de cancelamento” após o fim da partilha de contas, mas realçou que os benefícios a longo prazo das pessoas que pagam por contas adicionais resultarão em “receita geral aprimorada”.

Apesar das múltiplas tentativas da Netflix em acabar com esta prática, a necessidade e urgência da mudança de regras logo nas primeiras horas de 2023 deve-se à queda de receitas que a empresa tem anunciado nos últimos meses.

Depois de um boom nas subscrições motivado pela pandemia da covid-19, e com uma parte significativa da população mundial em casa, os meses que se seguiram, sobretudo em 2022, foram marcados pelo cancelamento das assinaturas (menos 970 mil, a maior queda de sempre).

Daniel Costa, ZAP //

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