A kyawthuite é o mineral mais raro da Terra. Só há um exemplar em todo o mundo, encontrado em 2015, no Myanmar.
De acordo com a Associação Internacional de Mineralogia, há mais de 6.000 minerais diferentes identificados na Terra.
Entre essa imensa variedade de sólidos cristalinos, apenas um possui um único exemplar conhecido em todo o mundo: a kyawthuite.
Pouco se sabe sobre a kyawthuite. Encontrada no leste asiático, mais especificamente em Mogok, no interior de Myanmar, é considerada o mineral mais raro do planeta.
O seu único cristal foi descoberto e identificado em 2015, tendo uma composição muito próxima, mas distinta, a um composto sintético já conhecido.
A base de dados de minerais do Caltech descreve o mineral, que a Associação Internacional de Mineralogia reconheceu em 2015, como uma pequena pedra de cor laranja forte.
O mineral alaranjado é formado pelos elementos bismuto, antimónio e oxigénio, com leves traços de tântalo, e a sua fórmula química é Bi3+Sb5+O4.
Embora os elementos metálicos que o compõem sejam relativamente raros, isso não justifica a escassez do mineral. A raridade da kyawthuite não se deve à falta dos seus ingredientes, explica o LiveScience, mas ao seu método de formação.
Myanmar é também a origem do segundo mineral mais raro do mundo, a painite, mas o seu número de exemplares já está na casa das centenas.
De acordo com George Rossman, professor do CalTech, nos Estados Unidos, a abundância de minerais raros no país deve-se à alta pressão e calor produzidos pela colisão da Índia com a Ásia.
A massa atómica do bismuto faz com que a kyawtuite seja muito densa — a sua densidade é o dobro da de um rubi, pedra preciosa semelhante.
O seu nome foi dado em homenagem ao ex-professor da Universidade de Yangon, em Myanmar, Kyaw Thu. O cristal está hoje no Museu de História Natural de Los Angeles.
ZAP // Canaltech
Duas notas:
1 – O nome dos minerais em português de Portugal terminam em “ite” e não em “ita”. A terminação do nome dos minerais em “ita” está reservada para a língua espanhola e para o português do Brasil.
2 – Há um erro na fórmula química apresentada. O antimónio tem como símbolo químico “Sb” e não “Si”, como foi, por lapso, escrito nesta notícia. O símbolo químico “Si” é do metal silício e não do antimónio. Esta pequena diferença tem grandes implicações na classificação do mineral, pois este mineral pertence à “família” dos óxidos e tal como é apresentado sugere pertencer ao grupo dos silicatos.
Caro leitor,
Obrigado pelos reparos, está corrigido.