As autoridades estão a investigar a possibilidade de Marco Aragão ter tido um cúmplice na ameaça de morte que fez a Marcelo Rebelo de Sousa.
A Polícia Judiciária está a investigar o possível envolvimento de um segundo homem na ameaça de morte feita contra o Presidente da República, de acordo com o Correio da Manhã.
A carta incluía ainda um número de telefone e um número de uma conta bancária que não pertenciam ao suspeito, mas a um outro homem que já foi identificado.
Recorde-se que o ex-oficial miliciano Marco Aragão já foi detido e ficou em prisão preventiva por ser o principal suspeito de ter enviado uma carta com uma bala endereçada a Marcelo Rebelo de Sousa onde exigia ainda um milhão de euros.
O suspeito de 40 anos foi ouvido em tribunal esta quarta-feira, onde responde pelos crimes de crimes de coacção agravada a um órgão de soberania, tentativa de extorsão e posse de arma proibida.
O homem tem também antecedentes criminais, tendo já tentado extorquir a procuradora-geral da República, Lucília Gago, e o director nacional da Polícia Judiciária, Luís Neves.
No seu julgamento anterior por estas tentativas de extorsão, o suspeito escapou à cadeia devido aos seus distúrbios mentais. No entanto, a PJ alerta para o perigo que o homem representa, visto já ter conseguido aceder ilegalmente ao sistema informático da Segurança Social quando lá trabalhava.
Foi precisamente com estes dados pessoais que Aragão obteve informações sobre altas figuras do Estado, tendo ameaçado divulgar os dados pessoais de Luís Neves e de Lucília Gago e exigido meio milhão de euros em troca do seu silêncio.
Ainda antes de ter tentado extorquir Lucília Gago e Luís Neves, o suspeito já tinha sido condenado por um crime de burla informática, tendo recebido uma pena suspensa. Uma vez mais, Marco Aragão não foi preso devido aos seus problemas mentais, tendo apenas sido obrigado a ir a consultas de psiquiatria, a que repetidamente faltava.