Rui Minderico / Lusa
O líder do Chega, André Ventura.
André Ventura vai recandidatar-se à Presidência da República nas próximas eleições, agendadas para 2026.
A decisão já foi discutida internamente no partido, avança o Nascer do Sol, tendo o líder do Chega sido escolhido para disputar o lugar atualmente ocupado por Marcelo Rebelo de Sousa.
Ventura já foi candidato nas eleições presidenciais de 2021, nas quais ficou no terceiro lugar, com 11,9% dos votos, atrás Marcelo Rebelo de Sousa (60,7%) e de Ana Gomes (13%) e à frente de João Ferreira (4,3%), Marisa Matias (4%), Tiago Mayan Gonçalves (3,2%) e Vitorino Silva (2,9%).
“Marcelo Rebelo de Sousa é a face deste sistema, nasceu neste sistema, cresceu com este sistema e defende este sistema. Nós somos precisamente o oposto“, disse Ventura, aquando do anúncio da sua candidatura, em fevereiro de 2020.
Em sentido contrário, Paulo Portas não deverá avançar com a sua candidatura. O antigo ministro foi nomeado para o conselho de administração da Mota Engil, além de ter ficado mal posicionado nas últimas sondagens.
Com 6,3%, Portas ficou atrás de Henrique Gouveia e Melo (15,4%), Pedro Passos Coelho (13,9%), e até mesmo Luís Marques Mendes (8,3%).
Ainda assim, André Ventura surgia ainda pior do que Paulo Portas, com 6,1% das intenções de voto.
O Nascer do Sol escreve ainda que à direita, “apesar de se perfilarem vários nomes, cada vez mais se vai alimentando a possibilidade de um regresso de Passos Coelho à atividade política regular”.
Luís Marques Mendes também se afigura como um possível candidato, mas caso o ex-primeiro-ministro avance com a sua candidatura, o atual comentador político deverá recuar.
Ventura ausente das sessões de deputado municipal
O presidente do Chega faltou a todas as sessões da Assembleia Municipal de Moura no ano passado, avança o Jornal de Notícias. Ventura é o primeiro eleito do Chega naquele órgão, mas desde o início do mandato só esteve em duas das 15 sessões e uma delas foi a tomada de posse.
Ventura não é visto nas sessões desde 28 de dezembro de 2021, tendo faltado a todas as reuniões do ano passado.
Nos dias 28 de abril, 29 de junho e 10 de novembro, o líder do Chega não se fez substituir e o seu lugar ficou vago. “Nas restantes sessões, por motivos profissionais, o eleito em causa evocou o regime de substituição”, confirmou o presidente da Assembleia Municipal de Moura ao JN.
