Pizarro anuncia 28 novos centros de saúde de modelo B e garante foco nas carreiras do SNS

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Tiago Petinga/LUSA

O ministro da Saúde, Manuel Pizarro

Governante fez balanço positivo da implementação do plano “Nascer em Segurança no SNS”, com 368 partos realizados nos dois primeiros dias.

Manuel Pizarro anunciou que já no próximo mês serão criadas mais 28 Unidades de Saúde Familiar (USF) de modelo B, isto é, centros de saúde que funcionam com um sistema de incentivo ao trabalho dos médicos. Lisboa e Vale do Tejo receberão a maioria das unidades, com mais de 30 mil utentes a beneficiarem do acompanhamento de médico de família. No horizonte não está a privatização destas unidades, já que “isso não resolveria o problema“.

O ministro da Saúde antecipou a aplicação do mesmo modelo que foi testado nos últimos fins de semana. De acordo com o governante, durante 24 e 25 de dezembro, dias em que uma centena de centros de saúde estiveram a receber doentes, realizaram-se cerca de 16 mil consultas. O mesmo deverá acontecer no próximo fim de semana, quando 221 centros de saúde estarão abertos no sábado e 180 no domingo.

“Temos em Portugal uma situação crónica de excesso de afluxo às urgências. A culpa não é das pessoas, mas de quem, como nós, organiza o sistema”, reconheceu. “Desse ponto de vista, a abertura de centros de saúde – e com horários mais alargados – parece-nos essencial. Como também o é, que as pessoas, quando uma doença não é grave, recorram à linha de saúde 24 e aos centros de saúde”, acrescentou.

No que respeita ao fecho das maternidades, e em jeito de balanço após a implementação do plano “Nascer em Segurança no SNS“, Manuel Pizarro revelou que, no primeiro fim de semana de constrangimentos em algumas maternidades, realizaram 368 partos e “todo o sistema funcionou plenamente e de forma organizada”.

De acordo com declarações proferidas em contexto de apoio ao despacho da Direção-Executiva do SNS, na semana passada, o governante já explicava que o sistema teria de funcionar “como uma rede” e que cada uma das instituições não era “uma ilha“. O ministro da Saúde garantiu ainda que “nem todas as maternidades fecham pela mesma razão, no mesmo dia. Nuns casos é [pela falta de] obstetras, noutros é de pediatras, noutros de anestesistas”.

Segundo Manuel Pizarro, o sistema de fechos programados e rotativos de urgências obstétricas ao fim de semana deverá prolongar-se na região de Lisboa durante os primeiros três meses de 2023. O governante deixou ainda uma palavra para os profissionais do setor, garantindo que as suas carreias não estarão esquecidas nos planos do Serviço Nacional de Saúde para 2023.

ZAP //

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4 Comments

  1. Parece-me uma decisão sensata. Temos centros de saúde sem médicos um pouco por todo o país, logo a solução é… abrir mais centros de saúde…

  2. Modelo B ? ……. ou seja , mais valencias ? …… Onde estão os Profissionais para as preencher ? …. Se nos Centros de Saúde atuais a atividade Medica se faz ao conta gotas ! …. Diziam que o Socrates era un Pinóquio , que dizer então do Geppetto e da sua armada de marionetas , ao leme do atual Desgoverno ?

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