EUA ajudam reconstrução energética da Ucrânia. Envio de munições de longo alcance em cima da mesa

Vasiliy Zhlobsky / EPA

Os Estados Unidos vão fornecer novas ajudas à Ucrânia com o objetivo de ajudar o país a repor a eletricidade após os múltiplos ataques russos às principais infraestruturas energética. Atualmente, os ucranianos enfrentam semanas de temperaturas negativas e “apagões” generalizados, assim como recursos limitados para fazer frente ao frio.

Altos funcionários norte-americanos explicaram à agência France-Presse que a ajuda financeira em causa será “substancial“, com os detalhes a serem avançados hoje por Antony Blinken, secretário de Estado norte-americano, atualmente em Bucareste para a reunião dos Negócios Estrangeiros da NATO.

A mesma fonte da Administração Biden, também sob anonimato, lembrou que os Estados Unidos da América já enviou 1.100 milhões de dólares (cerca de 1.000 milhões de euros) para energia na Ucrânia e na Moldova. Segundo o Jornal de Notícias, a ajuda insere-se na perspetiva de uma conferência internacional de doadores em “apoio à resistência civil ucraniana“, que terá lugar a 13 de dezembro em França.

“O que os russos estão a fazer é visar especificamente as centrais transformadoras de alta tensão” e não apenas as próprias centrais elétricas, para desorganizar toda a cadeia desde a produção até à distribuição, explicou outro responsável norte-americano.

De acordo com Volodymyr Zelensky, as forças russas bombardearam 30 povoações na região de Kherson, no sul da Ucrânia, cerca de 258 vezes ao longo da última semana. As tropas russas retiraram-se da margem oeste do rio Dniepre no início do mês, apesar de continuarem a bombardear cidades e vilas, nomeadamente a cidade de Kherson, desde novas localizações.

Envio de munições de longo alcance discutido na reunião da NATO

Como referido, os ministros dos Negócios Estrangeiros dos estados-membros estão reunidos a partir de hoje em Bucareste para discutir novos apoios à Ucrânia e a outros países que “enfrentem a pressão russa em muitas formas diferentes”. Em causa estão também ameaças a países como a Geórgia, Moldávia e Bósnia, procurando formas de a contrariar.

“Pela primeira vez, a reunião será igualmente dedicada às questões de defesa da Ucrânia, nomeadamente novas armas, munições, equipamento militar, e ao sistema energético do país”, disse o ministro dos Negócios Estrangeiro da Ucrânia, Dmytro Kuleba.

De acordo com o secretário-geral da NATO, será feito um apelo para que os aliados prestem apoio através do chamado pacote de assistência integral, através do qual a organização tem fornecido, entre outras coisas, combustível, material médico, equipamento de inverno e bloqueadores de drones.

Outra das questões a ser resolvida na reunião tem que ver com o pedido de Kiev para que a aliança envie armas de longo alcance, uma opção que até agora tem sido negada pelos aliados. A Reuters avançou que a reunião desta semana poderá marcar uma mudança de paradigma, caso os Estados Unidos da América confirmem que vão fornecer foguetes equipados com o sistema GLSDB (uma bomba de pequeno diÂmetro lançada em superfície).

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