“Sem comentários”: Foi assim que Christine Lagarde reagiu após ser confrontada com as críticas a Mário Centeno e António Costa no recente livro de Carlos Costa.
A presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde, foi confrontada com com o facto ter escrito o prefácio para um livro que critica o governador do Banco de Portugal, Mário Centeno, e também o primeiro-ministro português, António Costa. A sua resposta foi concisa: “Sem comentários”.
Em causa está o prefácio do polémico livro “O Governador”, de Carlos Costa. A obra relata vários episódios dos dois mandatos de Carlos Costa à frente do Banco de Portugal.
Um dos capítulos relata uma alegada pressão de António Costa a Carlos Costa para que este não afastasse Isabel dos Santos do conselho de administração do Eurobic, dizendo que não se podia “tratar mal” a filha do presidente de um país aliado de Portugal.
Carlos Costa terá querido afastar Isabel dos Santos e o seu sócio, Fernando Teles, da administração do BIC — banco onde tinham uma participação de 20% — de forma a que o mercado não entendesse que o banco estava associado ao BIC Angola.
O primeiro-ministro admitiu processar o ex-governador do Banco de Portugal Carlos Costa por ofensa à sua honra.
O prefácio de livro é da autoria da presidente do BCE, que foi contactada pelo Expresso para responder a uma série de perguntas.
Entre as quais, o semanário queria saber se Christine Lagarde leu o livro antes de prefaciá-lo, se sabia da sua dimensão política ou se acredita que as relações com Costa e Centeno podem sair prejudicadas.
No prefácio de duas páginas, intitulado “Um homem certo para tempos difíceis”, Lagarde elogia Carlos Costa, que “colocou sempre as pessoas em primeiro lugar”.
“À mesa das negociações, em tempos difíceis, é de pessoas como o Carlos que precisamos”, escreve, por exemplo, a francesa.
“Quando me lembro do tempo que passei com ele, ocorrem-me de imediato duas qualidades distintas: a sua cooperação e espírito de equipa e a sua vincada noção de serviço público”, escreveu ainda a ex-diretora do FMI, que trabalhou junto de Carlos Costa.
O título está errado. Não é crítica mas sim critica.
Crítica é um substantivo que indica uma avaliação qualitativa de algo.
Critica, não acentuado, é uma forma verbal do verbo criticar (terceira pessoa do singular do presente do indicativo e a segunda pessoa do singular do imperativo).
Caro leitor,
Obrigado pelo reparo. A gralha já foi corrigida.