Candidata ressalvou que “os liberais convivem bem com a concorrência e com a adversidade”.
Carla Castro anunciou esta manhã que será candidata à liderança da Iniciativa Liberal nas eleições antecipadas de dezembro. A deputada diz ter feito uma “ponderação séria” sobre a sua candidatura, depois da saída de João Cotrim de Figueiredo (e a sua indisponibilidade para apresentar uma recandidatura) que apanhou todos de “surpresa“.
“Penso reunir todas as condições. Creio sinceramente que posso, e vou, liderar uma lista ao partido para uma nova fase de crescimento, com um programa e uma mensagem muito centrada no crescimento e na mobilidade social. É com todo o gosto e toda a honra, e responsabilidade também, que confirmo que vou ser candidata.”
Até ao momento, Rui Rocha era o único candidato à liderança do partido. O que vai, então, distinguir, os dois deputados na corrida à liderança? À pergunta, Carla limitou-se a dizer que essa “vai ser a grande questão nas próximas semanas”, ressalvando que “os liberais convivem bem com a concorrência e com a adversidade“.
“Vamos ter certamente diferenças quer do ponto de vista da gestão interna do partido, quer de modos e prioridades externas, isso é natural, sendo que ambos temos uma matriz de liberalismo político, económico e social e ambos respeitarmos a matriz da qual temos feito parte deste crescimento de sucesso da Iniciativa Liberal, porque ambos, de formas diferentes, contribuímos para este crescimento.”
“Não há aqui um renegar, não há uma rutura, mas há assim uma nova fase”, reforçou, em entrevista à TSF. “Acho que há uma força, uma vitalidade, de apresentar as soluções e as alternativas que pode claramente fazer uma diferença, isto aproveitando o enorme capital que o partido tem, porque o partido tem uma força e uma energia que pode ser muito potenciada.”
A candidata recusou ainda a possibilidade de o partido enveredar por um maior conservadorismo nos costumes sob a sua liderança. “Pela minha parte não, não creio que esteja em cima da mesa”.