MP tem 500 escutas de políticos do PS e do PSD por negócios na Câmara de Lisboa

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MP tem escutas de atuais membros do Governo. Em causa estão suspeitas de corrupção, tráfico de influências, e participação económica em negócio.

O Ministério Público (MP) terá mais de 500 escutas telefónicas com relevância criminal, que envolvem altos dirigentes do PS e do PSD.

Estarão em causa suspeitas de corrupção, tráfico de influências, e participação económica em negócios na Câmara Municipal de Lisboa (CML), nomeadamente esquemas de alegado conluio em pactos de bloco central.

Entre os suspeitos, estão membros dos atual Governo, como será o caso de Fernando Medina, ministro das Finanças, e Duarte Cordeiro, tutelar da pasta do Ambiente, segundo avança a CNN Portugal. Ambos os políticos eram, na altura, presidente e vice-presidente da Câmara de Lisboa.

As escutas têm gravações da altura em que presidentes de várias juntas de freguesia da capital, como Luís Newton, da Estrela, eram investigados — num processo que ficou conhecido como a operação Tutti Frutti. EM relação ao PSD, o alvo em 2017 era o deputado Sérgio Azevedo.

De acordo com a investigação, foram detetadas situações suspeitas em 16 câmaras, 12 juntas e duas assembleias municipais em Lisboa.

Ainda segundo o inquérito inicial, terão sido apensados outros nove suspeitos, todos por alegados crimes na CML, incluindo nomes como o do antigo vereador Manuel Salgado. Estará agora a decorrer um mega processo em segredo, no Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) de Lisboa.

O Correio da Manhã noticiou ainda esta sexta-feira que os ministros Fernando Medina e Duarte Cordeiro, e os ex-ministros Pedro Siza Vieira e Graça Fonseca, estão a ser investigados desde 2016 por suspeitas relacionados com contratos públicos da CML. Mas o processo arrasta-se há quase 6 anos sem grandes avanços.

Este processo-crime envolve suspeitas relacionadas com ajustes diretos que terão lesado o erário público em “milhares de euros, violando a lei da contratação pública”.

Fernando Medina já reagiu às notícias, garantindo estar de “consciência tranquila”. Duarte Cordeiro também assegurou “não ter cometido qualquer ilegalidade“.

ZAP //

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