Salomão não era rei de Israel, mas sim um faraó egípcio, diz historiador

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“Rei Salomão na Velhice” de Gustave Doré.

O historiador britânico Ralph Ellis faz uma alegação polémica: Salomão não era rei de Israel, mas sim um faraó egípcio.

Salomão, também chamado de Pregador, foi o terceiro rei de Israel, governando durante cerca de quarenta anos, segundo algumas cronologias bíblicas. Salomão também é o escritor de Provérbios, Eclesiastes e Cântico dos Cânticos, entre outros livros sapienciais da Bíblia hebraica.

Ou será que não? Esta é narrativa que os livros de História nos contam sobre Salomão, a quem é atribuída a famosa decisão de mandar cortar um bebé a meio para ver quem era a sua mãe verdadeira. Daí surgiu a expressão “justiça de Salomão”.

Ralph Ellis, historiador e escritor britânico, investigou a história da vida do rei Salomão nos últimos vinte anos e chegou a uma conclusão revolucionária.

O especialista acredita que a história da vida do rei Salomão foi encoberta e reescrita por escribas bíblicos. Salomão poderá não ter sido rei de Israel, mas sim um faraó egípcio. Estas declarações vêm distorcer completamente tudo aquilo que se acreditava até agora.

“Este não é o tipo de descoberta que os arqueólogos israelitas ficarão felizes em ouvir, por razões políticas e culturais, mas contrárias às interpretações clássicas da história bíblica — o rei Salomão era na realidade um faraó do Egito”, diz Ellis, em declarações ao The Jerusalem Post.

O seu nome verdadeiro seria Sisaque, o primeiro faraó a governar o Egito e Israel no final do século X aC.

O historiador britânico entende que tem a solução para um mistério de 3.000 anos, à qual chegou depois de não conseguir encontrar o tesouro do rei Salomão nas suas lendárias minas: 500 toneladas de ouro, avaliadas em 3 biliões de dólares.

Até hoje, os caçadores de tesouros continuam a procurar as minas do rei Salomão na esperança de encontrar os tesouros do sapiente rei, mas Ellis reserva-lhes apenas uma surpresa dececionante.

Ellis comparou a descoberta do tesouro do rei a uma lenda histórica como o “batismo na fonte da juventude” e disse que a história do rei Salomão, como a conhecemos, é provavelmente uma “interpretação errónea” da História.

“De acordo com a Bíblia, o rei Salomão era incrivelmente rico. Gerações de teólogos e arqueólogos vasculharam a Terra Santa à procura da sua capital, palácio, templo e posses — sem sucesso. No final, ou temos que aceitar o facto de que o Torá é completamente fictício ou perceber que estávamos a procurar no lugar errado e atrás das coisas erradas”, diz o autor do livro “Salomão, Faraó do Egito”.

Se a sua teoria estiver correta, escreve o jornal israelita, os tesouros de Salomão serão facilmente encontrados no Museu Egípcio do Cairo, onde estão dezenas de objetos daquele período.

“A partir da minha investigação, parece que há uma base factual para a história de Salomão e a sua riqueza, mas foi escondida e reescrita pelos escritores bíblicos posteriores porque as histórias sobre os faraós eram consideradas difíceis de digerir e apropriar. Eles mudaram a história para criar heróis israelitas puros”, sugere Ellis.

Daniel Costa, ZAP //

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1 Comment

  1. D. Pedro também não foi Imperador do Brasil: foi Rei de Portugal. Ora e é por isso que, para encontrarem o seu grande tesouro, não podem esperar encontrá-lo em Brasil, mas na Igreja da Lapa, em Porto, Portugal.

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