Lisboa arrisca ficar sem casino durante três anos

A empresa concorrente da Estoril-Sol à da Estoril-Sol apresentou uma proposta superior em 20 milhões para a concessão dos casinos de Lisboa e do Estoril.

A Bidluck SA, concorrente da Estoril-Sol no concurso para a concessão da exploração dos casinos do Estoril e de Lisboa, apresentou uma proposta superior em 20 milhões para a concessão dos casinos de Lisboa e do Estoril.

Segundo o Público, a empresa concorrente quer construir um edifício na zona do Parque das Nações e outro na zona dos Olivais, que só abrirá portas em setembro de 2025. Se a Bidluck vencer o  concurso, Lisboa fica sem casino durante três anos.

De acordo com Nuno Benodis, coordenador da Comissão de Trabalhadores da Estoril Sol, há “uma grande preocupação” por parte dos funcionários devido à “grande possibilidade, caso seja outro operador a ganhar a concessão, do Casino Lisboa ficar inativo durante um período que poderá ir até aos 36 meses, por força de este não dispor no momento de um edifício dotado das condições para a atividade”.

“Já manifestámos estas preocupações ao Governo, nomeadamente à secretária de Estado do Turismo, à Ministra do Trabalho e ao Ministro da Economia, sem qualquer resposta”, acrescentou o dirigente.

“Também a questão dos valores propostos pela nova Empresa no que diz respeito à contrapartida mínima para o Estado, coloca face às atuais receitas de jogo muitas dúvidas em relação à sua sustentabilidade, o que a acontecer terá inevitavelmente efeitos nefastos para os trabalhadores”, sublinhou Benodis.

De acordo com o relatório e contas da Estoril-Sol relativo ao ano de 2021, os dois casinos em causa contavam com 655 trabalhadores.

A empresa que gere os dois casinos pode perder a exploração dos espaços, tendo por isso a concorrente da Estoril-Sol avançado com a proposta que ultrapassa em 20 milhões de euros o valor do grupo gerido pelos descendentes de Stanley Ho.

Caso a Bidluck avance para a construção de um novo edifício, terá direito a uma redução de 30% no valor da contrapartida variável que tem de pagar anualmente ao Estado, tendo em conta que só teria o casino a funcionar em 2025.

Se a Estoril-Sol vencer o concurso, teria de pagar ao Estado um valor adicional à contrapartida anual fixa de 25 milhões de euros, tendo em conta que a empresa é proprietária de um edifício, e o casino poderia entrar em funcionamento no imediato.

ZAP //

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