A Entidade Reguladora da Saúde (ERS) ordenou vários hospitais privados a devolver parte dos valores cobrados a diversos doentes por considerar que não foram devidamente informados dos custos adicionais.
Além disso, estes hospitais receberam indicações para assegurar aos utentes uma previsão da totalidade de custos ou, pelo menos, informados da possibilidade de cobranças adicionais.
O Público avança que uma das entidades visadas é o Grupo CUF. A ERS recebeu 17 reclamações, que visam os hospitais Infante Santo e Tejo e a clínica CUF Almada, por valores cobrados entre 2012 e 2021.
Alguns utentes queixam-se de terem pagado valores superiores aos que inicialmente tinham sido indicados ou de receberem posteriormente faturas com valores adicionais a pagar.
Num dos casos que a ERS determinou que o hospital privado teria de reembolsar a utente, uma mulher pagou 1.108 euros a mais do que o estimado pela laqueação às trompas. O hospital tinha estimado um custo de 2.215 euros, mas a utente acabaria por ter de pagar 3.323 euros.
A CUF contestou os vários processos, invocando a sua prescrição e declarando que “a matéria de facto apurada nos presentes autos é insuficiente e que foram omitidas diligências processuais essenciais”.
A ERS determinou a restituição de mais de 7 mil euros a repartir pelos diversos utentes, devido aos valores cobrados a mais.
Também o Hospital Privado de Gaia, que pertence ao grupo Trofa Saúde, foi alvo de diversas reclamações relacionadas com a faturação. A ERS determinou que o hospital fizesse uma revisão das faturas anulando ou devolvendo alguns dos valores cobrados a 11 doentes.
Existe ainda duas queixas que visam o Hospital da Luz Coimbra e Hospital da Luz Clínica da Figueira da Foz.