Mais quatro militares do curso de Comandos hospitalizados

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Miguel A. Lopes / Lusa

Uma revista aos 44 elementos do curso de Comandos, após dois deles terem sofrido paragens cardiorrespiratorias, na quarta-feira, levou à hospitalização de mais quatro militares no Hospital das Forças Armadas.

Segundo adiantou este sábado o Exército ao Correio da Manhã, a avaliação aos militares, efetuada na quinta-feira, “consistiu em entrevista clínica, aplicação de oxímetro, medição da pressão arterial, frequência cardíaca, medição de glicémias e temperatura”.

Os quatro instruendos foram encaminhados para o Hospital das Forças Armadas-Polo de Lisboa (HFAR-PL) “por apresentarem sintomas de cansaço, para manutenção da vigilância e realização de exames complementares de diagnóstico”, indicou ainda.

Contudo, continuou, “não existem impedimentos à continuação da frequência do 138.º Curso de Comandos, por parte dos 44 instruendos”.

Um dos dois soldados reanimados quarta-feira no quartel da Carregueira, em Sintra, onde decorre o 138.º curso, permanece na unidade de cuidados intensivos do Hospital Curry Cabral, “hemodinamicamente estável”. O segundo teve alta hospitalar e recupera no quartel, sob acompanhamento.

Dos quatro encaminhados na quinta-feira, um teve alta “no próprio dia completamente recuperado”. Os outros três “permaneceram em vigilância”, por apresentarem “valores mais elevados de enzimas musculares, de forma a poder ser feito um reforço da hidratação através de soros, ação fundamental nestas situações”, explicou o Exército.

Entretanto, na sexta-feira de manhã, mais dois tiveram alta e estão a passar o fim de semana em casa. ” Um militar ainda se encontra sob vigilância clínica no HFAR, por apresentar uma alteração de uma análise a merecer novo controlo, sem, contudo, inspirar cuidado”, assegurou ainda aquela força.

O Exército abriu um processo de averiguações urgente ao caso dos dois jovens, ambos de 20 anos, que sofreram paragens cardiorrespiratorias.

ZAP //

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4 Comments

  1. Acho uma autêntica estupidez os comandos morrerem em treinos, e irem para o hospital…treinar sim..agora levar os miudos a morrer ou quase…ficarem hospitalizados…não entendo

    • Ser «Comando» é pertencer à elite das forças militares em Portugal. São os melhores dos melhores. A intenção do curso é separar o trigo do joio. É perceber quem é física e mentalmente capaz de operar em condições em que o comum ser humano já há muito teria desistido.

      Dito isto: Pessoalmente também não percebo como é que mortes continuam a acontecer ano após ano. Deveriam de existir mecanismos para impedir que os formandos continuem quando isso coloca em risco, não a sua integridade física (isso é normal em algo deste tipo), mas a própria vida.

      Os formadores têm que ter eles próprios formação. Não pode ser normal, permitirem que um formando continue uma atividade quando está a colocar em risco a própria vida.
      Além disso, tem que estar SEMPRE presente pessoal médico durante as atividades do curso, responsável por monitorizar REGULAMENTE, todos os formandos. Pessoalmente ou de forma automática…. não interessa. Arranjem forma de monitorizar os formandos.

      Não se pode continuar a ler noticias deste tipo, cruzar os braços e continuar tudo como estava,

  2. Que tal fazerem tod@s psicoterapia! Por favor, caminhamos para onde, evolução ou regressão? Se queremos evoluir enquanto espécie, é fundamental abandonar estes comportamentos dinossaurescos de gente irracional!

  3. Portugal dever ser o último atrasadinho que mata os próprios militares nos treinos. No YouTube há treinos dos Navy seals americanos em que se consegue ver perfeitamente a preocupação e atenção dos instrutores. Até na mais moderna guerra da Ucrânia se vê que já não é o músculo que interessa mas sim a capacidade de usar armas tecnológicas à distância.

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