Privados querem construir novo aeroporto em Santarém — sem investimento público

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(dr) Envato Elements

Um grupo de investidores quer construir o novo aeroporto na região de Santarém. A obra avançaria de forma faseada e sem qualquer investimento público.

O debate sobre a localização do novo aeroporto tem-se arrastado há imenso tempo e os dois candidatos foram os mesmos: Montijo ou Alcochete. Um grupo de investidores privados quer mudar isso e sugere a região de Santarém como a localização ideal para o novo aeroporto.

Ao que o Expresso apurou, a construção será feita sem investimento público e de forma faseada. Inicialmente começará apenas como infraestrutura regional, com uma pista, num investimento inferior a mil milhões de euros. O investimento será financiado pelas taxas aeroportuárias em curso, sabe o jornal.

Ainda assim, o Estado terá de estar invariavelmente a bordo, já que estará envolvido no processo de licenciamento aeroportuário e na even­tual atribuição de Projeto de Interesse Nacional (PIN).

“Existe o interesse manifestado por parte de operadores e investidores tier one mundiais, que acompanham e ou participam na elaboração e evolução dos estudos há mais de dois anos e que têm interesse em integrar o consórcio para o investimento e a gestão do novo aeroporto”, lê-se no documento de apresentação do projeto.

As questões ambientais sempre foram um entrave para que o novo aeroporto avançasse tanto no Montijo como em Alcochete. Em Santarém, defende o grupo de investidores, isso não será um problema. Além disso, como será numa zona pouco povoada, não haverá o problema de poluição sonora.

Entre o grupo de investidores há portugueses e estrangeiros, cuja identidade não foi revelada.

As acessibilidades necessárias à atividade de um aeroporto foram tidas em contas e o investimento adicional a fazer não será significativo, argumentam os investidores.

Santarém tem como trunfo o acesso rodoviário e ferroviário, realça o Expresso. A região está integrada na autoestrada A1, que liga Lisboa ao Porto, e a linha de caminho de ferro que liga o país de norte a sul.

Na primeira fase de construção do aeroporto, em que terá uma pista, está prevista uma capacidade para 10 milhões de passageiros. A ideia é depois evoluir para três pistas e transformar-se no novo aeroporto internacio­nal. O primeiro passo é avançar com a avaliação ambiental estratégica independente.

ZAP //

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10 Comments

  1. Para quê construir um Aeroporto de raiz para aproveitar a A1 e a linha de comboio, em vez de aproveitar o Aeroporto existente e fazer de raiz uma linha de comboio de Beja para Lisboa e acabar a A26.
    Desta forma não só se conseguia uma Aeroporto novo como aumentava o potencial daquela zona como ponto industrial, também a meio caminho de Sines e Espanha.
    Se querem investir, invistam naquela zona.

    • Apoiado.
      Basta ver nas grandes cidades europeias em que os aeroportos da periferia ficam por vezes a 2 horas de distancia e de Beja a Lisboa é cerca de 1,5 horas sendo o mesmo tempo de Beja a várias zonas do Algarve.

      Mas á muitos interesses instaladados e a ANA quer investir para garantir a concessão por mais 50 ou 100 anos e depois duplicar ou triplicar as taxas aeroportuárias….

      • Beja fica a quase 200 km de Lisboa, qual a lógica dessa opção?
        O aeroporto de Beja até poderia ser aproveitado noutro contexto, mas não para ser o aeroporto DE LISBOA:

  2. É mesmo melhor serem os privados a mexer-se, porque se ficamos à espera do Governo…
    Santarém é uma opção algo estranha, pois fica a 80 km de Lisboa.
    Por outro lado, tem alguns pontos a favor, como a proximidade da A1, da linha do comboio, tem acesso fácil aos dois lados do Tejo, e poderia também servir a zona Centro (Leiria, Coimbra). A ver vamos, se esta hipótese serve ao menos para dar início a alguma coisa.

  3. Excelente para o Ribatejo em particular e para a região Centro em geral. Pode ser que a futura linha do TGV seja desviada mais para o lado de Santarém com uma estação.

  4. Sem dúvida a melhor opção de todas as existentes é mesmo Santarém. Pela estrutura de vias de comunicação existente (já mencionada), e também por toda a estrutura logística existente no eixo entre Santarém e Lisboa e que serve todo o país. É a melhor opção para Lisboa e para todo o território.

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