Preocupação à volta do aquecimento do Mar Mediterrâneo. Há fenómenos de “mortalidade massiva” de algumas espécies marinhas.
A temperatura atinge recordes e o Mar Mediterrâneo é uma das zonas que apresenta consequências do aquecimento global.
O mar tem aquecido de forma preocupante e, cita o canal Euronews, os especialistas advertem de que este é um sinal claro de que o Mediterrâneo não está bem.
As temperaturas do Mediterrâneo subiram entre 3 e 5 graus acima do normal, para esta época do ano, e chegaram recentemente aos 30 graus.
Há fenómenos de “mortalidade massiva” de algumas espécies marinhas, alerta o investigador Joaquim Garrabou: “Estamos a receber informações de diferentes lugares no Mediterrâneo, tais como Maiorca e algumas zonas da Sardenha, onde já se observam fenómenos de mortalidade massiva de algumas espécies, como corais, esponjas e algas”.
“Está também a afectar instalações de aquacultura; por exemplo, as explorações de mexilhões estão a sofrer as consequências desta onda de calor marinho. Ou melhor, esta onda de calor no ar“, continuou o catalão, na agência AP.
Estas declarações surgem também na sequência de um estudo realizado em Itália, que demonstrou que morreram muitos animais de cerca de 50 espécies marinhas – corais, esponjas, macroalgas e peixes – devido a ondas de calor entre 2015 e 2019.
O calor afectou mais de 90% do Mar Mediterrâneo. Milhares de quilómetros da costa do Mediterrâneo, a partir do Mar de Alborão, foram afectados.
Entre 1982 e 2018, a temperatura do Mar Mediterrâneo aumentou 0,4 graus a cada década. E não há sinais de abrandamento.
O Mediterrâneo é somente menos de 1% da superfície global do oceano mas, mesmo assim, é um dos principais reservatórios da biodiversidade marinha do planeta.
8% do Mediterrâneo está protegido mas 30% deveria estar protegido da actividade humana, para proteger as espécies marinhas.