Comunidade Israelita do Porto denuncia “antissemitismo soviético” e segue para a Justiça europeia

Comunidade Israelita Porto / Wikipedia

Sinagoga Kadoorie Mekor Haim, sede da Comunidade Judaica do Porto

A Comunidade Israelita do Porto (CIP) anunciou que irá apresentar uma denúncia no Ministério Público Europeu por se sentir perseguida pelos jornalistas, pelo Governo e pela polícia.

Através do Twitter, a CIP diz que está a “reunir uma equipa internacional de advogados” para avançar com uma denúncia. A informação foi confirmada pelo porta-voz da CIP ao Expresso.

A queixa ao Ministério Público Europeu visa revelar “sinais de corrupção entre os poderes executivo, legislativo e judicial portugueses e os média”. A organização argumenta que o objetivo destes é “lesar seriamente a maior comunidade judaica de Portugal” e, consequentemente, os “interesses financeiros da União Europeia”.

Os agentes do Departamento Central de Investigação Penal (DCIAP) estão à procura de provas contra vários judeus proeminentes que receberam a cidadania portuguesa nos termos da lei, de acordo com o presidente da Comunidade Judaica do Porto, Gabriel Senderowicz.

Segundo o Expresso, a CIP acusa também os “agentes do Estado” de conduzir uma investigação que lembra “os tempos da Inquisição”.

Além disso, acusa o Estado português de ter desencadeado uma investigação judicial baseando-se em “acusações anónimas”, que circularam na imprensa “para os amigos repórteres poderem levar a cabo a destruição da reputação da maior comunidade judaica portuguesa”.

“Estes factos mostram um antissemitismo soviético direcionado contra a maior comunidade judaica em Portugal, destruindo ao mesmo tempo Patrick Drahi e retirando a nacionalidade portuguesa a judeus ricos, evitando que estes invistam em Portugal”, argumenta a CIP, citada pelo semanário.

ZAP //

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