O festival Kalorama, que se vai realizar em Lisboa, levantou várias dúvidas, mas vai ficar isento de pagar 2 milhões de euros em taxas municipais.
O festival Kalorama, que se vai realizar nos dias 1, 2 e 3 de setembro, em Lisboa, esteve perto de ficar comprometido depois de o protocolo de apoio ter sido adiado duas vezes.
Carlos Moedas quis voltar a adiar a decisão, mas a votação foi forçada esta sexta-feira, com o PS a viabilizar o apoio apesar de muitas dúvidas, escreve o Observador.
O Kalorama foi fundado pela empresa espanhola “Last Tour”, com menos de 8 meses de existência em Portugal. Em novembro do ano passado, os Artic Monkeys anunciaram que vinham a Lisboa, este ano, a um novo festival chamado Kalorama. Até à data, ainda ninguém tinha ouvido falar dele — nem a própria autarquia.
De acordo com o Observador, a marca ainda nem tinha começado o processo de registo, mas já dava a realização por garantida. Antes do fim do processo de registo, a empresa mudou o nome e ainda conseguiu a Meo como naming sponsor do festival.
O adiamento esta sexta-feira da votação deixava em risco a realização do festival. O protocolo agora aprovado prevê um investimento de mais de 2,1 milhões de euros pela Câmara Municipal de Lisboa.
Em causa estão isenções de taxas e fornecimento de bens, serviços ou meios, bem como pagamento de energia e água. O apoio terá ainda de ser viabilizado em sede de Assembleia Municipal, salienta o jornal online.
Caso o protocolo entre a autarquia e o festival seja agora rejeitado, o pagamento de um total de 2.155.542,80 euros ficará a cargo da empresa.
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— MEO KALORAMA (@meokalorama) May 17, 2022
A organização do festival avança que o Kalorama vai utilizar as infraestruturas do Rock in Rio, que se realizou em junho e cujas infraestruturas se manterão no local até setembro. Até lá, o parque da Bela Vista não poderá ser utilizado na sua totalidade pelos lisboetas.
“Estas estruturas vão ser vedadas, ficando grande este espaço verde aberto e acessível aos munícipes até perto da data do evento Kalorama, que decorre de 1 a 3 de setembro”, disse a autarquia ao Observador, sem justificar quem pagará as taxas de ocupação.
