10 assuntos que não devem ser comentados com os filhos

1

Dizer mal de outros familiares e impor responsabilidades de adultos não são bons temas de conversa.

Já deve ter reparado que os bebés não são bebés para sempre. As crianças não ficam pequeninas para sempre.

Rapidamente crescem, rapidamente chegam a adolescentes – e, pelo caminho, vão demonstrando capacidades impressionantes de percepção e de argumentação.

Mas há algo a ter em atenção: a noção, a perspectiva, que os seus filhos têm das coisas quando chega o momento de falar depende muito (mesmo muito) do que a mãe e o pai lhe transmitem.

Sobretudo até aos 7 anos, em média: o que as crianças vão ser, pensar ou dizer a partir daí está muito ligado ao que aprenderam ao longo dessa primeira fase da vida.

Por isso, é preciso cuidado com os assuntos que escolhe para tema de conversa com os seus filhos.

A psicóloga Angela Karanja, especialista em sessões com pais de adolescentes, deixou no jornal The Sun 10 temas que, segundo a própria, nunca devem ser mencionados.

O primeiro é: nunca criticar outros familiares e nunca criticar…o outro adulto da casa (pai ou mãe da criança). Pode criar uma divisão interna na criança, que entende a crítica como um ataque a ela própria – porque a criança é uma mistura de mãe e pai.

Não convém falar sobre responsabilidades que só entram na rotina dos adultos. Deixe de lado as conversas sobre falta de dinheiro ou doenças. Os mais novos ficam também preocupados, sem necessidade, e até pode interferir no seu crescimento.

É proibida uma conversa de auto-destruição. “Sou uma fraca, não faço nada de jeito”? Nunca. As crianças vão pensar que é normal não acreditar em si própria.

E esta é mesmo proibida: demonstrar arrependimento e desilusão pelo filho ter nascido. “Tu nunca deverias ter nascido!” – imagine o que sente a criança…

Não deve indicar aos filhos como eles se devem sentir. Se eles se sentem tristes, por exemplo, algum motivo terão. Deixe estar e compreenda o que está a acontecer. Se o interior revela tristeza ou frustração, não obrigue a que o exterior mostre alegria e satisfação.

Comparar o seu filho com os filhos dos outros? Não. Vai resultar na desvalorização dos outros e/ou do próprio filho. Porque, ou vai colocar-se abaixo dos outros (perda de confiança), ou vai colocar-se acima dos outros (arrogância, desrespeito).

Estereótipos devem ser evitados. Aquelas ideias, por exemplo, de “isto é só para meninos, aquilo é só para meninas”. Em que século vive?

Por estranho que pareça, um elogio vago, sem fundamento, não deve ser feito pelos pais. Sim, é um elogio, mas se não for específico (nem verdadeiro), a criança vai pensar que é “perfeita”, que não precisa de melhorar, trabalhar nada.

Desvie-se das críticas, ou brincadeiras, sobre o peso. O dos outros e o seu. A criança interioriza a auto-crítica como se fosse para ela e o seu comportamento pode mudar, em relação à sua saúde.

Por último, as discussões. Será do senso comum evitá-las, sobretudo com os filhos. Uma boa relação em casa é fundamental para o bem-estar de uma criança e para a sua noção de relacionamentos.

ZAP //

Siga o ZAP no Whatsapp

1 Comment

  1. Não vou ficar popular com esta observação, mas…
    Outro assunto que não se deve falar até terem uns 16 anos será o assunto LGBT+ de forma explicita. Aliás, eu penso que não se deve sensualizar a criança de forma alguma.
    Por isso é um assunto comum actualmente… desenhos, novelas, musicas…. tudo a puxar para essa vertente LGBT+
    Eles que decidam quando chegar a hora disso. Até lá devia haver uma protecção maior.

Deixe o seu comentário

Your email address will not be published.