Investigadores encontraram restos fósseis numa ilha da costa sul de Inglaterra, do que pode ter sido o maior predador da Europa.
Os paleontólogos suspeitam que os restos de um enorme carnívoro de duas pernas, recentemente encontrado na Ilha de Wight, em Inglaterra, possa ser o maior terópode descoberto no continente, segundo a Science Alert.
O único rival é um possível megalossauro conhecido por uma descrição não publicada de uma grande vértebra descoberta em França.
Os terópodes eram um classe dominante de dinossauros que incluía tiranossauros, megalossauros, velociraptores, e espinossauros. Durante o Jurássico Primitivo, estas antigas criaturas eram os únicos grandes carnívoros terrestres, e os espinossauros eram provavelmente os mais longos e maiores do lote.
Nos antigos leitos dos rios do norte de África, os fósseis de espinossauros atingem proporções épicas, com comprimento superior a 15 metros e uma massa corporal superior a 13 toneladas métricas.
Os fósseis da Ilha de Wight não são assim tão grandes mas, de acordo o novo estudo, publicado a 9 de junho no PeerJ, parecem ser maiores do que qualquer outro fóssil de espinossauro encontrado no sul de Inglaterra ou sudoeste da Europa.
“Este era um animal enorme, com mais de 10 metros de comprimento. A julgar por algumas das dimensões, representa provavelmente o maior dinossauro predador alguma vez encontrado na Europa”, sublinha Chris Barker, paleontólogo da Universidade de Southampton. “É uma pena que só seja conhecido a partir de material tão escasso”, acrescenta.
Os fósseis de espinossauros são incrivelmente raros. Apenas foram encontrados três até agora na Ilha de Wight, e só foram descobertas nos últimos dois anos.
A equipa de investigação suspeita que esta última descoberta seja uma espécie distinta, embora seja difícil dizer com evidências tão limitadas.
Os ossos da pélvis e da cauda do dinossauro indicam que era enorme, e as teias na sua vértebra são sugestivas do género de espinossauros.
O ambiente em que os fósseis foram encontrados também está alinhado com o que sabemos sobre os espinossauros. A rocha em que o fóssil foi enterrado é tudo o que resta de uma lagoa arenosa, na qual o predador provavelmente pescava.
Se o dinossauro fosse parecido com outros espinossauros, pode até ter sido um nadador bastante razoável.
Por enquanto, os autores chamaram ao dinossauro o “espinossauro da Pedra Branca”, por ser provavelmente de uma espécie desconhecida e pela cor do arenito onde que foi encontrado.
Mas se os restos mortais pertencem a um espinossauro desconhecido ou a outro terópode extremamente grande, é algo que vai continuar a ser debatido.
“Porque ser apenas conhecido através fragmentos neste momento, não lhe demos um nome científico formal”, realça Darren Naish, paleontólogo da Universidade de Southampton. “Esperamos que restos mortais adicionais acabem por aparecer com o tempo” conclui o especialista.
Boa tarde
Penso que já estava na altura de acertar o facto de dinossáurios e fósseis em geral (de não humanos) serem o objecto de estudo da Paleontologia e não da Arqueologia.
Perpetuam um erro que só confunde o cidadão comum e um ou outro estudante.
Cumprimentos,
Mário Cachão
Concordo. Paleontologia dos vertebrados. Sempre lhe ouvi chamar assim. Isto parece ser moda nova de quem não sabe a diferença