“É profundamente injusto”. A saída do Parlamento trouxe um “apagão” mediático ao CDS

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José Coelho / Lusa

O novo presidente do CDS-PP, Nuno Melo, durante o 29.º Congresso do partido

A falta de representação parlamentar levou a que o CDS perdesse protagonismo mediático, o que Nuno Melo considera injusto devido à influência que o partido ainda tem no plano local, nos governos regionais e no Parlamento Europeu.

Os partidos assinalaram o Dia de Portugal com as habituais celebrações a 10 de Junho. No caso do CDS, Nuno Melo cumpriu a tradição da visita à Feira de Agricultura de Santarém — mas a cobertura mediática dada ao partido foi bem diferente daquela que este recebeu há um ano atrás, depois da falha de eleição de qualquer deputado nas legislativas de Janeiro.

“Há todo um mundo no CDS repartido entre o antes e o pós grupo parlamentar”, confessa Nuno Melo ao DN.

A perda de palco nos media obrigou a direção do partido a repensar todo o seu plano de comunicação e a estratégia para chegar aos eleitores. “A política é comunicação e por muito que o CDS faça coisas importantes, desde o congresso de Guimarães, o resultado pode ser residual se não chegar às pessoas. Na política ter televisão e prime-time continua a ser determinante“, afirma o líder centrista.

O eurodeputado atira também farpas à comunicação social e lembra que o CDS ainda tem seis autarquias e que está presente em muitas outras coligado com o PSD, para além de estar também nos governos regionais dos Açores e Madeira com os sociais-democratas e de ter um mandato no Parlamento Europeu.

“O CDS não ter mais cobertura por não ter um deputado como o Livre é profundamente injusto“, sublinha Nuno Melo, que acrescenta que o partido tem agora que apostar mais nas redes sociais.

Já Manuel Monteiro, ex-líder do partido, considera que o CDS “saiu do radar” após a derrota histórica nas legislativas, mas mesmo assim, lembra que estas dificuldades não são “totalmente novas” e que há esperança para a recuperação se Nuno Melo apostar em “pessoas que podem protagonizar o partido”.

“Quando o CDS teve 4% e elegeu 4 deputados, durante a maioria absoluta de Cavaco Silva, e numa época em que só existia a RTP e a televisão era relevantíssima, o partido enfrentava nessa altura uma situação terrível para marcar presença nos noticiários”, lembra.

Diogo Feio, antigo deputado do CDS, pensava até que o apagão seria maior e recorda que o congresso em Guimarães teve importância mediática. Mesmo assim, acredita que a falta de cobertura obriga o partido a “dar uma maior atenção e reação aos temas do dia, com uma comunicação estruturada, que fale para o espaço de centro-direita em Portugal”.

ZAP //

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5 Comments

  1. Injusto é uma nulidade como este padreco andar há anos a parasitar no Parlamento Europeu e a encher os bolsos sem fazer nada!…
    O que aconteceu ao CDS deve-se precisamente aos Nuno Melo’s que andaram pelo partido para “mamar” e depois viram costas…

  2. NM e outros que tais do CDS devem olhar-se ao espelho.
    E o que veem?
    Devem corar de vergonha ao verem na sede os retratos de Freitas do Amaral, Adelino Amaro da Costa, Francisco Lucas Pires e Adriano Moreira.

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