A Ucrânia rejeitou esta quarta-feira as explicações da antiga chanceler alemã Angela Merkel, que defendeu na terça-feira a sua política de aproximação à Rússia, no contexto da invasão em curso da Ucrânia pelas tropas russas.
Agora retirada da política, Angela Merkel, que liderou durante 16 anos a maior economia europeia, disse não ter de “pedir desculpa” por ter apostado na diplomacia e no comércio para tentar evitar uma guerra na Ucrânia.
Mikhaïlo Podoliak, conselheiro da Presidência da República ucraniana, criticou na quarta-feira a ex-chanceler o apoio ao controverso projeto de gasoduto Nord Stream 2, destinado a encaminhar o gás russo para a Europa via Alemanha, nomeadamente.
“Se a chanceler Merkel sempre soube que a Rússia preparava uma guerra e que o objetivo do [Presidente russo, Vladimir] Putin é destruir a União Europeia, então por que construir o Nord Stream 2?”, escreveu Podoliak na rede social Twitter, acusando a antiga chanceler de promover a dependência europeia do gás e do petróleo russos.
Na entrevista, Merkel assegurou ter há vários anos consciência da ameaça que Putin fazia pesar sobre a segurança europeia, mas considerava que era do interesse da Alemanha “encontrar um ‘modus vivendi’ com a Rússia”.
A Alemanha pratica há muito tempo uma política de aproximação à Rússia, assente na ideia de que o comércio induziria uma democratização gradual do país.
A Rússia lançou na madrugada de 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que causou já a fuga quase 15 milhões de pessoas de suas casas – mais de oito milhões de deslocados internos e mais de 6,9 milhões para os países vizinhos -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
Também segundo as Nações Unidas, cerca de 15 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária na Ucrânia.
A invasão russa – justificada por Putin com a necessidade de “desnazificar” e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia – foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e a imposição à Rússia de sanções que atingem praticamente todos os setores, da banca ao desporto.
A ONU confirmou na quarta-feira que 4.266 civis morreram e 5.178 ficaram feridos na guerra, que hoje entrou no seu 105.º dia, sublinhando que os números reais poderão ser muito superiores e só serão conhecidos quando houver acesso a zonas cercadas ou sob intensos combates.
Merkel sabia tudo…
mas não disse nada!
e fez de conta,
deixando o seu país fortemente dependente da energia russa,
e deixando construir o Nord Stream 2, ficando assim o Sr. Putin de mãos livres para invadir a Ucránia!
Porque de uma nazi não se pode esparar grande coisa!
Porque da alemanha não se pode esperar nada a não ser usar e aproveitar-se dos outros para crescer!
Depois de as coisas acontecerem é fácil apontar dedos a quem não previu, ou isto, ou aquilo… mas as coisas não acontecem, até acontecerem!
Kiev, vai deixar de aceitar o dinheiro e armamento que a Alemanha está a enviar? ou é mais uma forma de envergonhar a Alemanha e os outros países e obrigá-los a contribuir ainda mais? “Exigir e não pedir” é o lema…
Deves estar a brincar!…
Toda a gente atenta percebeu logo os objectivos do Putin mas, a Merkel, nem com a anexação da Crimeia quis “ver”!
Grande líder europeia, diziam alguns tontos….
Na realidade não se pode dizer que toda a gente atenta percebeu, pois até vésperas de 24 de Fevereiro muita gente atenta acreditava que não ia haver invasão.
Ou isso, ou então temos que concluir que a gente atenta era, de facto, muito pouco numerosa… e quase toda Americana…
Eu também não, mas invasão da Ucrânia era uma questão de tempo.
Tudo que a Rússia tem feito à UE na última década não era sinal suficiente??
Não existem atualmente na Europa políticos sérios e verdadeiros defensores do interesse europeu! Conhecedores dessa realidade, russos, chineses e outros têm-se aproveitado da oportunidade para nos enfraquecer economicamente cada vez mais, o Putin no que lhe concerne devido à sua posição geográfica tenta cada vez mais alargar o seu espaço de ação de forma brutal como todos vemos! Se não se mudar de política internacional na Europa, aos poucos iremos ser absorvidos por aquele regime bárbaro e perderemos a nossa identidade, a prova está bem à vista!