(dr) República Portuguesa

João Costa, ministro da Educação
Ministro da Educação lembra que, no início do terceiro período, havia 20 mil alunos nessa situação: “É um número dinâmico”.
Há sete mil alunos em Portugal que chegam ao início de Junho sem, pelo menos, um professor.
O ano lectivo termina já na próxima semana, no dia 7 de Junho, para os alunos de alguns anos de escolaridade – entre o 9.º e o 12.º. com excepção do 10.º ano, que só termina no dia 15 de Junho (tal como todos os anos entre o 5.º e o 8.º). No ensino primário o último dia de aulas será 30 de Junho.
E, mesmo estando nos últimos dias de aulas, ainda há milhares de alunos sem professores, confirmou o ministro da Educação.
João Costa esteve na rádio Renascença e admitiu a falta de professores mas lembrou que, no início deste terceiro período, em Abril, havia 20 mil alunos sem pelo menos um professor.
“Na última actualização que fizemos, tínhamos cerca de sete mil alunos que estavam sem aulas. É uma evolução face ao início do terceiro período, em que tínhamos cerca de 20 mil. É um número dinâmico, actualizado todas as semanas”, explicou o ministro.
A partir do momento em que as regras de contratação de docentes foram alteradas, em Abril, foram contratados 600 professores – assim se explica a diferença entre o início e o fim do terceiro período, continuou o responsável.
João Costa contou que, ao longo deste ano lectivo, os principais problemas relacionados com a falta de professores foram as baixas e a substituição de baixas médicas. “E nem todas são de longa duração”, avisou.
O ministro admitiu ainda que é na Educação Especial que se sente mais a falta de professores.
E outro número elevado de alunos sem aula verifica-se nas turmas de Educação Moral e Religiosa Católica: “É um dos grupos principais, que explica logo um número muito grande de alunos, porque são professores com apenas uma turma”.
Para o início do ano lectivo 2022/23, está previsto o regresso às escolas de muitos professores que estão em mobilidade e, entre outras medidas, horários completos em locais com maior dificuldade de substituição. Tudo para tentar evitar a repetição desta escassez, com a colocação de entre três e quatro mil professores.