O Benfica muito atacou, rematou e pressionou, criou ocasiões, mas este foi daqueles jogos em que ficou a sensação de que a bola nunca entraria, nem que jogassem até à meia-noite.
Na recepção ao Famalicão, as “águias” fizeram mais do que o suficiente para ganhar, mas esbarraram num guardião contrário, Luiz Júnior, que defendeu tudo o que havia para defender. O nulo final deixa o Sporting cada vez mais longe, se é que havia hipótese de os homens da Luz chegarem ao segundo lugar.
Domínio completo do Benfica nos primeiros 45 minutos, com mais de 70% de posse de bola e quase todas as despesas ofensivas, facto expresso num número muito superior de remates e de acções com bola na área contrária (18-1).
Porém, a falta de ideias na construção de lances ofensivos e a desinspiração na finalização deixava os “encarnados” com números de eficácia de remate reduzidos, com apenas dois disparos enquadrados em 11.
O lance de maior perigo aconteceu aos 41 minutos, quando Diogo Gonçalves, solto na grande área, arrancou um potente pontapé que Luiz Júnior travou com uma grande defesa, e a recarga não surgiu.
Perante a pressão benfiquista, o melhor em campo ao descanso era o central Alexandre Penetra, com um GoalPoint Rating de 6.2, destacando-se três intercepções e quatro alívios.
Na segunda parte continuou a só dar Benfica, mais efectivo e pressionante no último terço e a conseguir criar mais lances de perigo, com rápidas trocas de bola, cruzamentos, remates e algum pânico na defensiva famalicense.
O guarda-redes Luiz Júnior ia resolvendo com algumas defesas de grande categoria, como no caso aos 70 minutos, num belo pontapé de bicicleta de Paulo Bernardo, para uma intervenção felina.
Até ao fim a toada manteve-se, a pressão também, mas não dava. Não era dia de golos na Luz.
Melhor em Campo
Exibição portentosa do guarda-redes do Famalicão. O brasileiro Luiz Júnior mostrou toda a qualidade que lhe é reconhecida com um desempenho que valeu aos minhotos a obtenção de um ponto que pode ser precioso na luta pela manutenção.
O GoalPoint Rating de 7.2 reflecte seis defesas, cinco a remates na sua grande área, algumas de elevado grau de dificuldade. Parou tudo.
Destaques do Benfica
Otamendi 6.8 – Das poucas vezes que os visitantes saíram do seu meio-campo tiveram no central argentino um obstáculo intransponível. Otamendi foi o melhor elemento dos “encarnados”, com o máximo de passes certos (103 em 107), todos os nove passes longos certos, 121 acções com bola (segundo valor mais alto), quatro conduções aproximativas, quatro desarmes e três intercepções. E falhou uma ocasião flagrante, senão a sua nota teria disparado.
Gil Dias 6.6 – Demorou a aquecer os motores, em especial na primeira parte, mas foi crescendo e realizou uma excelente partida. O extremo somou dois remates, ambos enquadrados, quatro passes para finalização (máximo), nove passes ofensivos valiosos, completou três de seis tentativas de drible e somou cinco conduções aproximativas.
Weigl 6.3 – O alemão foi dos mais inconformados e, como não teve muito trabalho defensivo, soube subir com qualidade e dar razão aos que afirmam que Weigl daria um excelente “8”. O médio fez dois passes para finalização, completou 92% dos passes, 11 de 12 longos, somou dez passes aproximativos e três super aproximativos, 106 acções com bola e 11 recuperações de posse.
Vertonghen 6.3 – Tal como Otamendi, o belga esteve muito bem no passe, completando 82 de 86, e registou 101 acções com bola e ganhou os três duelos aéreos em que participou.
Gilberto 6.3 – Mais uma excelente exibição do brasileiro, que fez cinco cruzamentos, com eficácia em três. Além disso fez dez passes aproximativos e completou três de cinco tentativas de drible.
Paulo Bernardo 6.2 – Uma das surpresas no “onze” inicial benfiquista, a par de Gil Dias. O médio fez quatro remates, três de fora da área, um de bicicleta, registou oito passes aproximativos e somou quatro acções defensivas no meio-campo contrário.
Grimaldo 6.1 – O lateral espanhol fez 13 passes ofensivos valiosos, máximo do jogo, e sete cruzamentos, um eficaz, bem como três passes aproximativos (máximo) e dois super aproximativos. Terminou com o valor mais alto de acções com bola (126) e de recuperações de posse (12).
Darwin 6.0 – Voltou a causar rupturas da defesa contrária, mas desta feita esteve menos eficaz no momento da finalização, no qual foi o mais rematador (cinco disparos, dois enquadrados). Criou ainda uma ocasião flagrante, recebeu 16 passes aproximativos, o máximo de acções com bola na área contrária (15) e ganhou os três duelos aéreos ofensivos em que participou.
Diogo Gonçalves 5.5 – Sempre muito activo, esteve perto de marcar na primeira parte, e terminou com três remates, cinco passes ofensivos valiosos e completou 26 de 28 passes.
Yaremchuk 5.4 – Entrado pouco antes da hora de jogo, o ucraniano deu poder físico ao Benfica na área contrária, o que complicou as marcações adversárias, e em pouco mais de meia-hora em campo recebeu 12 passes aproximativos.
Gonçalo Ramos 4.7 – Pior nota entre as “águias”. O jovem avançado esteve desinspirado, tendo desperdiçado uma ocasião flagrante, completado apenas uma de seis tentativas de drible e acumulado cinco maus controlos de posse.
Destaques do Famalicão
Penetra 7.0 – A segunda melhor nota do jogo pertenceu ao central dos minhotos, que acertou oito de dez passes longos e somou 15 acções defensivas, entre elas quatro intercepções e oito alívios.
Resumo
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